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Giro da Pecuária

com Sebastião Nascimento

Angus vai medir a geração de metano em reprodutores

A pecuária moderna e o foco na sustentabilidade. A notícia chega do Sul do país.
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Angus vai medir a geração de metano em reprodutores

A Associação Brasileira de Angus dá início, em 2022, à medida de emissão de metano ruminal de reprodutores da raça.

Segundo Nivaldo Dzvekansky, presidente da entidade, a proposta é gerar dados para que, no futuro, seja possível selecionar animais com menor perda de energia ingerida e que tenham o menor impacto ambiental possível.
O teste fará parte da Prova de Eficiência Alimentar 2022 (PEA), tradicional teste realizado anualmente pela Associação em parceria com a Embrapa Pecuária Sul, de Bagé (RS).

Nivaldo explica. “É algo novo e que se soma à seleção por eficiência alimentar. Estamos convencidos de que a mensuração de metano é mais uma informação essencial para alcançarmos uma pecuária cada dia mais sustentável.”
Ponto para a Angus, cujos touros são os maiores doadores e vendedores de sêmen do país. Segundo a Associação, as inscrições para criadores que querem avaliar seus touros quanto à eficiência alimentar e à emissão de metano já estão abertas e vão até 25 de março.

Para participar, o criador deve preencher a ficha de inscrição e remeter à Associação por meio do e-mail fomento@angus.org.br.

A prova de 2022 será realizada no período de 13 de abril a 27 de julho, podendo ser inscritos animais de sobreano, nascidos entre 15/07/2020 e 15/10/2020, com peso mínimo sugerido de 300 kg e desempenho genético de percentil até 30% para índice final do Programa de Melhoramento de Bovinos de Carne (Promebo), que é coordenado pela Associação r apoiado pela Embrapa Pecuária Sul.

“Os touros serão mantidos em regime de confinamento durante a realização do teste, com alimentação à vontade. Durante o mesmo período, os pesquisadores farão a medição do metano”, explica Nivaldo.

Já o gerente de fomento da Associação, Mateus Pivato, informa que o teste é uma boa opção para propriedades que desejam medir o potencial de seus exemplares e o grau de eficiência alimentar.

Ele explica: “Animais que utilizam os alimentos de forma mais eficiente necessitam consumir menos para atingir o mesmo nível de produção e, dessa forma, são mais lucrativos e produzem mais alimentos por unidade de área”.
Além disso, prossegue Mateus, selecionar para eficiência alimentar é algo que precisa ser visto como tendência uma vez que cresce a preocupação dos consumidores quanto à segurança alimentar, bem-estar animal e impactos da agropecuária.

“Outra vantagem está atrelada à redução de gastos com alimentação, o que atualmente representa o principal custo da atividade pecuária”, ressalta Mateus.

O frete dos animais será subsidiado pela Associação Brasileira de Angus.

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