Preço da gasolina, histórico e impactos

Essa velha discussão sempre vem à tona quando o impacto é no bolso do consumidor, todos esquecem que toda regra tem lado bom e ruim, vamos lá…
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Preço da gasolina, histórico e impactos

Em meados de 2015, durante o governo Dilma, o preço da gasolina despencava no mercado internacional, a Venezuela afundava em sua economia e tudo parecia pior por lá, um país que sobrevive do petróleo e da exploração socialista de seus habitantes, quase que exclusivamente.

Nesta época, todos diziam: “O petróleo está caindo no mercado internacional e aqui no Brasil não muda o preço da gasolina, etc…etc…” bravejavam os representantes da população em geral. De fato, era isso mesmo, e os argumentos eram de que o Brasil importava pouco, usávamos petróleo brasileiro e o impacto do dólar e do preço internacional pouco impactava no mercado que girava quase que somente em moeda brasileira.

Foram tantos os bravejos que em outubro de 2016 foi mudado a lei e as regras da Petrobrás, a partir daí, o preço do petróleo no Brasil acompanharia o mercado internacional, caindo o preço de imediato. Muito bem, em qualquer mercado, tudo que sobe…cai e vice versa… Chegava enfim a tão sonhada paridade de preços com o mercado internacional.

Hoje em dia, prevalece a paridade do petróleo, só que está alto lá fora e por lei, a Petrobrás precisa ajustar aqui, ou seja, sobe lá fora, sobe aqui. A Petrobrás pode fazer esse ajuste uma vez por mês, e os bravejos são iguais, por ironia da ignorância, a ponto do Presidente Bolsonaro tirar o Presidente da Petrobrás, o que nada adiantará se não mudar a lei. Fato é, o povo quer leis que sempre estejam a seu favor, é a pura lei de Gerson imperando mais uma vez de forma coletiva.

Os impactos da alta do petróleo, se reflete na bomba de combustível e nos caixas do supermercado e em todo consumo, alta de fretes, alta de preços (repassando o frete) e inflação, ou seja, um benefício desejado um tanto equivocado.

O mercado interno só reduzirá preços se cair no mercado internacional, e outro fato curioso é que quando aumenta, o repasse às vezes (para ser bonzinho) na bomba é maior do que o anunciado e já no dia seguinte, independente do custo de estoque dos postos e quando cai, curiosamente, não observamos a redução tal qual anunciada pelo governo, é sempre menor. Em regra geral, cada vez que muda preço na bomba estaremos perdendo, isso é certo.

Isso em particular se reflete no agronegócio que transporta muito e a longas distâncias, os insumos ficam mais caros, e o frete impacta várias vezes na cadeia.

O fato é que não se pode mudar a regra sempre que houver o ônus dela, a Petrobrás é uma empresa de capital misto e 51% das ações são do governo. Aí vem outro ponto, sobre a privatização da Petrobrás, acho que só vai piorar a situação, empresa privada quer maximizar lucros sempre, estando na mão do governo espera-se que a fome por lucro seja menor, por ser uma empresa estratégica e mesmo havendo divisão de lucros e dividendos, 51% destes voltam ao caixa da União.

Claro que não estou falando do governo vermelho que sangrou a Petrobrás até onde pode, atualmente é uma empresa bem saudável, bem como os correios e outras que a era PT desfalcou. O que talvez ajuda é a quebra do monopólio, colocando empresas para concorrer com a Petrobrás, aí sim, a lei de mercado imperará.

Enfim meus amigos…Sejamos felizes…

Por Rogerio Luiz Iuspa
Diretor Comercial e Marketing Polinutri Nutrição e Saúde Animal

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