Como será 2023?

Economia e carnes
Compartilhe no WhatsApp

Boa pergunta!! Mas, pelo menos vai assumir a presidência em 2023, alguém que governou 8 anos e influenciou outros 8 e já sabemos como será, frente aos ministros convidados e aos cargos importantes em estatais será uma roubalheira só…De novo… Graças a quem? Povo brasileiro, a princípio, tendo como verdade os resultados das urnas e os votos feitos perto da meia noite…

As mudanças econômicas já começaram frente aos anúncios do novo (mais velho do que nunca) governo, bolsa despencando, Petrobrás sendo brutalmente desvalorizada, investidores vendendo as ações das estatais com receio de ver seu dinheiro escorrer entre os dedos, Dilma sendo Presidente da Petrobrás para coordenar as ações lucrativas, Mercadante no BNDES, enfim…arapuca armada. Nem vou falar de STF, senão vou preso!

Minha análise para 2023

Deixando tudo isso de lado e analisando friamente temos um quadro inflacionário pela PEC aprovada e sem recurso para tudo isso, o governo vai tomar dinheiro na praça a custo alto, taxa de juros (SELIC) não deve cair tão cedo ficando no patamar de 2 dígitos ainda em 2023, ressaca da pandemia com aumento de muitos preços por redução da oferta, gastos públicos excessivos, sem nenhum corte nas benesses brasilienses absurdas dos políticos, baixo crescimento subindo um pouco o emprego formal, dólar aumentando até muitos tirarem o dinheiro daqui levando para EUA ou Europa, não por rentabilidade, mas por risco mesmo.

Falando um pouco sobre os insumos para a produção pecuária como milho e soja, o milho não vai baixar dos R$ 90,00/saca, farelo de soja não vai ficar abaixo dos R$ 2.500,00/tonelada. Sobre as proteínas, o preço do suíno subiu um pouco por redução de oferta e não ficará acima dos R$130,00/arroba, se o preço subir um pouco logo aumenta a oferta revertendo o preço, os produtores de suínos amargam prejuízos a mais de um ano e muitos pararam ou encerraram as atividades. Aves na casa dos R$ 6,50/kg vivo bem perto do custo, boi estável acima dos R$ 330,00/arroba. O leite segue a curva de oferta como todos os anos com redução de oferta no inverno subindo preços com números de R$ 2,90/l e cerca de 1,90 no verão. Talvez importando um pouco da Argentina no inverno para reduzir o preço ao consumidor. A produção de ovos no Brasil não tem alcançado a demanda, sendo a proteína mais barata e de muita qualidade tem vendido bastante em épocas de bolsos vazios da população em geral, sendo vendida no atacado a R$ 130,00 a caixa de 30 dúzias, podendo subir em 2023 até R$150,00/caixa.

Tudo isso, imaginando que o novo presidente não vai cumprir sua promessa de importar carnes para baixar o preço para o consumidor e toda a população poder comer picanha, estou desconsiderando essa hipótese.

O fato é que a história se repete, quanto mais dinheiro no bolso da população a qualquer título, salário, Bolsa Brasil ou Bolsa Família, enfim… Maior o consumo de carnes como acontece no Brasil e no resto do mundo.

Tudo indica que o mundo vegano não irá prosperar e os hamburgueres com cara de hamburguer e gosto de alface não irão crescer significativamente nos próximos anos.

Ficam aí meus sentimentos com relação a 2023.

Desejo a todos um 2023 renovado (será?). Na dúvida, pule 7 ondinhas, coma lentilha e sementes de romã na carteira.

Por Rogerio Luiz Iuspa

Leia mais notícias no portal Mundo Agro Brasil

Relacionadas

Veja também

Queridos leitores, quero tratar neste artigo de algumas inconsistências econômicas em nosso país, remédios tradicionais para problemas tradicionais com causas diferentes
Essa velha discussão sempre vem à tona quando o impacto é no bolso do consumidor, todos esquecem que toda regra tem lado bom e ruim, vamos lá…
Em 2021, houve uma evasão de carnes, aproveitando o dólar e fugindo do mercado brasileiro de preços baixos. Será a vez da “carne” vegetal? Será que os veganos venceram?
Alimento faz bem à saúde desde que seja controlada a quantidade de gordura que se ingere ao prepará-lo nas versões empanada ou frita