Mais um ano se encerra e é impressionante como foi um ano totalmente atípico para a indústria de proteínas de origem animal (carnes e ovos), em minha trajetória de mais de 25 anos de mercado nunca ví todas as proteínas com preços ruins aos produtores, sobretudo no segundo semestre onde regularmente as carnes sobem de preço, exceto em 2021, redução de consumo da população fez os preços baixarem demais aos produtores, além disso os insumos subiram como poucas vezes vimos, esses dois fatores comprometeu a lucratividade do setor.
A exportação deu um suspiro, sobretudo em carne bovina que se alavancou com o crescimento, surfando na alta do dólar, alguns episódios sanitários de vaca louca no Brasil fizeram as exportações soluçar, mas logo seguiu exportando.
Suínos exportou um pouco mais este ano, cresceu cerca de 13% segundo a ABPS (Associação Brasileira de Proteína Animal), entre janeiro e setembro de 2021, mais de 50% das vendas brasileiras de carne bovina e 58% (776 mil toneladas) de carne suína tiveram como destino a China.
Sobre a avicultura, que já exportou mais de 4,45 milhões de toneladas entre janeiro e setembro deste ano e seguramente vai bater o recorde histórico de 2017, quando exportou 6,57 milhões. Se continuar crescendo neste ritmo, o Brasil vai bater o recorde. Apenas em setembro, em comparação com o mesmo mês do ano passado, o país registrou um crescimento de 21% nos embarques.
Portanto meus caros, houve uma evasão de carnes, aproveitando o dólar e fugindo do mercado brasileiro de preços baixos.
Sem falar na exportação de milho e soja que retiraram das mãos de nossos produtores de carne esses importantes ingredientes da nutrição animal.
Será a vez da “carne” vegetal? Será que os veganos venceram?
Fica aí a reflexão…
Um excelente Natal a todos e um 2022 realmente bem melhor para nós todos…
Por Rogerio Luiz Iuspa
Diretor Comercial e Marketing Polinutri Nutrição e Saúde Animal
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