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2022, o que virá pela frente?

Avaliando a atual situação do Brasil, com inflação nas alturas, taxa SELIC prevista para quase 10% até o fim do ano, desemprego na casa dos 13% e tantos outros problemas sociais que assolam o país, a pergunta que fica: como será em 2022?
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2022, o que virá pela frente

Prezados leitores, muito me perguntam sobre 2022, o que será? Vai melhorar? Vai piorar? E a eleição?
Enfim, não trago boas notícias… Vamos por partes…

Cenário de hoje: Inflação 9,68% (últimos 12 meses), SELIC 7,75% e vai chegar a quase 10 até o fim do ano, Crescimento do PIB na ordem de 5,3% segundo Banco Mundial, desemprego 13,7% em julho (caiu de 15,1%).

Cenário 2021: Inflação estimada 4,55% (real acima de 9%), SELIC 12%, PIB 1,63%, desemprego 12,6%.

Enfim, olhando para esses números vemos o seguinte… Em 2021, temos a inflação fora de controle por causa dos alimentos, o que tira o poder de compra dos brasileiros, os alimentos subiram em 2021 até outubro cerca de 25% e os aumentos dos salários ficaram na casa dos 5%, dependendo da categoria que olhamos. SELIC perto de 10% nem de longe está segurando a inflação, PIB reduzindo em 2021 significa desaceleração da indústria e da economia brasileira, isso representa menor atividade, a indústria dispensa gente e aumenta o desemprego, com isso menos gente com dinheiro e comprando, menos gente comprando e menor gira a indústria e menos consumo de comida, onde as pessoas migram para comidas mais baratas como foi o case do pé de frango em 2021.

Menor giro de consumo, menor a arrecadação de impostos e é ruim para o governo e as contas públicas que se não fosse o teto de gastos estavam nas alturas, aliás estão querendo quebrar o teto de gastos e chutar pra frente os precatórios para deixar dinheiro para o Auxílio Brasil, um programa eleitoreiro sim, mas um suspiro para o mercado, gerando compras, sobretudo de alimentos, o que é bom para o agro, mas só um suspiro, acaba logo. Uma espécie de Natal Feliz.

Uma espécie de espiral negativa onde um fato interfere no outro, gerando um cenário cada vez pior. O melhor cenário é dinheiro circulando movimentando indústria, emprego, comércio, consumo e tudo mais, o que o Lula conseguiu, mas a parte ruim do governo populista dele é muitíssimo maior: roubo na Petrobrás, obras no exterior a fundo perdido, enfim…Uma lista enorme…

Em 2022 fica ainda pior, redução do PIB, gerando ainda mais desemprego, menor poder de compra dos brasileiros, inflação continua em alta, as previsões do governo são metas inatingíveis, SELIC chegando a 12% deixando os juros mais caros, inclusive cheque especial, financiamentos de modo geral, cartão de crédito e desestímulo à investimentos na indústria haja vista os rendimentos maiores e muitas vezes mais seguros do mercado financeiro.

Tem a questão do dólar também, ano de incertezas por causa das eleições presidenciais, Lula sobe sobre com ele a insegurança e o dólar, Bolsonaro sobre, sabe-se lá como o mercado vai interpretar isso, um terceiro nome ainda pode aparecer, mas até agora ainda não… O dólar interfere muito na nossa vida por causa dos itens importados, e por falar em importados a China nosso principal parceiro comercial está em crise, uma imensa crise energética faz as fábricas trabalharem em horários reduzidos, reduzindo a produção de tudo por lá, soma-se a isso o custo do frete dos containers que saiu de U$2.600,00 (China-Brasil) para quase U$ 18.000,00 o container de 40 pés. Fazendo subir muito os preços de produtos origem China.

Enfim meus caros leitores, 2022 pinta pior do que foi 2021, considerando que a pandemia evolua bem com cada vez menos mortes e o uso de máscaras continue por um tempo. Mas os números estão aí para que analisemos e cruzemos as informações tirando nossas conclusões.

Fica aberta a discussão… Rufem os tambores … 2022 está aí…

Por Rogerio Luiz Iuspa, Diretor Comercial e Marketing Polinutri Nutrição e Saúde Animal

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