A urbanização da população mundial é cada vez mais acentuada, segundo as fontes mais frequentes estima-se que atualmente sejamos mais de 50% vivendo em cidades e centros urbanos e até 2050, mais de 75% das pessoas terão se afastado do campo e viverão concentradas em cidades.
É um cenário que parece estreitar muito o mercado de cavalos, no entanto, nos últimos anos parece ter havido uma certa mudança de prioridades nas vidas das pessoas, uma certa tendência de ver a vida de maneira mais equilibrada, considerada em todos os seus aspectos, físicos, mentais e espirituais.
Passado o pior da pandemia, pouco a pouco vamos voltando a normalidade mas observamos que tendências já apontadas acabaram por se pronunciar mais nesses últimos anos.
A relação com o trabalho, saúde mental, saúde física, as relações interpessoais e a vida em sociedade foram revistos e novos paradigmas vem se solidificando. Certamente não haverá volta em alguns aspectos qualitativos na vida das pessoas.
O mercado de cavalos neste cenário também deve acompanhar as mudanças e com elas também chegam novas oportunidades.
O uso de cavalos como atividade de lazer e esporte por pessoas de fora do meio rural deve se consolidar.
A concentração das criações, dado um encolhimento da base de usuários e pequenos criadores rurais, ao processo de urbanização e ao declínio do uso do cavalo como meio de transporte e trabalho no campo.
Os cuidados com bem-estar animal, manejo e uso de produtos cada vez mais sustentáveis no seu trato deve se acentuar.
Pets ocupando cada vez mais espaço no orçamento das pessoas
Com uma visão holística da vida não sendo mais uma percepção de poucos, mas uma prioridade para a maioria das pessoas, os cavalos podem muito bem aproveitar essa oportunidade, essa mudança de paradigma, para ocupar mais espaço na vida desses novos habitantes urbanos tão privados de contato com a natureza e de meios naturais de reajustar seu equilíbrio mental, emocional e físico.
Não há consultório ou academia mais eficientes que algumas horas cavalgando!
Essas tendências, devem sinalizar aos criadores e as associações para se ajustarem as novas demandas, para que se preparem para a comunicação com esse novo público usuário, e a darem nova significação as habilidades e características tão uteis e singulares de suas raças e criações.
São algumas reflexões!
Por Luiz Alberto Patriota
Crédito da foto: Divulgação
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