Perambulamos há muitos anos entre a mediocridade e a recessão, e caminhamos rumo a estagnação completa!
Qual a solução para reverter esse processo?
Mais uma vez venho traçar um paralelo entre problemas das Associações Equestres e as contrariedades que vemos todos os dias em nosso país nos últimos anos.
Observando ambos, uma coisa já salta aos olhos, parece-me que perdemos completamente o senso de coletivo, esquecemos quem somos, por que fomos criados, desistimos da busca pela prosperidade da nação, de nossas associações e nos entregamos a um egoísmo imediatista que só leva a autodestruição.
Divergências de opiniões, divisões e agressividade cega são a tônica nas rodas de amigos e debates em geral, comportamentos fomentados em redes sociais por influenciadores que muitas vezes não tiveram sequer o trabalho de se colocar do outro lado, enxergar o cenário um pouco mais do alto ou trabalham mesmo maliciosamente a serviço de interesses peçonhentos de terceiros.
Lembro-me da passagem do livro dos Reis: “A outra, porém, dizia: Ele não será nem teu, nem meu: seja dividido!”(1 Reis 3, 26.)
Se não, vejamos, a quem ou a que serve está divisão? Estamos avançando?
Os interesses comuns nossos, associados ou cidadãos estão a frente dessas discussões?
Eu arrisco responder!
Nossas associações e nosso país estão nas mãos de especuladores, de pessoas descompromissadas com seus associados e cidadãos mas que pensam apenas em si próprias e em seus interesses econômicos, são parasitas, vírus que aos poucos vão enfraquecendo seu hospedeiro e acabarão até mesmo por matá-lo.
Até quando vamos aceitar a ingerência externa? Até quando iremos achar normal a dança das cadeiras de impedimentos presidenciais com ritos pouco ortodoxos? Eleições onde todos ganham, menos a vontade popular? Rumos traçados por poucos que impactam negativamente a vida de muitos.
Não é difícil ver que qualquer um que não se alinhe perfeitamente aos interesses desses grupos econômicos especuladores, é declarado imediatamente inimigo número um, seja de esquerda, de direita, azul, vermelho, não importa. Não é difícil ver que perdemos completamente nossa soberania, como país ou associação.
Por isso acredito piamente que o único caminho é lembrar o que nos une, fazer um esforço ecumênico e nos irmanarmos pela prosperidade geral de todos e a devolução do controle associativo e de nosso país as mãos de quem realmente é devido, do associado e do cidadão.
“Os grilhões que nos forjava
Da perfídia astuto ardil,
Houve Mão mais poderosa,
Zombou deles o Brasil….
Brava Gente Brasileira
Longe vá, temor Servil;
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.”
Aqueles que ainda amam seu país ou sua associação, de direita, de esquerda, azuis, vermelhos, uni-vos! Abandonem o egoísmo, as ideologias estrangeiras e concentrem-se no que nos une! Reconciliação e pragmatismo, eis a solução!
Por Luiz Alberto Patriota
Crédito da foto: Divulgação
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