Parece estranho mas representa uma realidade muito verdadeira na ABCCRM e em muitas associações de raça no Brasil, historicamente, seus associados não gostam do que criam.
Se não, vejamos, de moda em moda vimos o Mangalarga nas décadas de 70 e 80, dedesfilar lado a lado com cavalos de polo, de seleta inglesa, cavaleiros de culote e bota de hipismo, tropa com nojo de mato, cavalo que assustava com capim, sua própria comida. Vi também, recentemente, o movimento “Marcha” crescer na raça, flertando com andamentos e tipos estranhos ao caçador caipira tradicional, salvo honrosas exceções, tropa pouco afeita ao galope, linfática muitas vezes, tudo isso regado a muita purpurina, corticoides e uma equitação circense num espetáculo onde meia dúzia riem e muitos choram.
Da mesma forma vi o Marchador Mineiro tornar-se uma caricatura do Mangalarga, o Campolina desfigurar-se, etc. Cheguei a conclusão que na verdade os criadores não gostam do que criam, não gostam das raças as quais filaram-se espontaneamente, como pode ser isso?
A resposta veio pra mim nos últimos anos graças a política, quando pude observar o espécime brasileiro em todo seu esplendor.
Enquanto azuis e vermelhos se degladiam em debates, gerações alienadas por utopias liberais lutam pelo sonho americano como se fossem eles próprios Ianques e socialistas ainda protestam e reinventam o: “Proletários de todos os países uni-vos”, fico imaginando onde estão os Brasileiros, os patriotas, os que enxergando seu país, sua família e sua vocação, começarão a trabalhar e lutar por sua soberania, progresso e felicidade no seio natal, e não por planos de dominação globais externos e estranhos aos nossos interesses. Não sei, mas aqui tem um, porque parafraseando um criador amigo meu:
País é Brasil, cavalo é Mangalarga, marcha é Trotada, o resto é mutreta!
Brasileiros patriotas uni-vos, conheçam e valorizem o que é seu próprio!
Por Luiz Alberto Patriota
Crédito da foto: Divulgação
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