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Preço das frutas disparou no Brasil. Entenda o motivo

19 de agosto de 2022

Fertilizantes e o diesel usado nos caminhões que transportam os alimentos, também foi um catalisador para que as frutas ficassem mais caras
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Preço das frutas disparou no Brasil. Entenda o motivo
Mamão foi uma das frutas que mais ficou cara nos últimos tempos – Foto: Racool_studio/Freepik

De acordo com informações divulgadas pelo IBGE, no mês de julho o preço das frutas aumentou no Brasil, ainda que o país tenha apresentado a primeira deflação (variação negativa) desde maio de 2020. Desta forma a inflação oficial ficou em -0,68%, enquanto elas subiram 4,4% no mês, segundo informações do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).

No último ano, o preço das frutas subiu 35,36%, já nos últimos 6 meses de 2022, aumentaram 13,15% acima da inflação geral, que chegou a 4,77% no mesmo período.

Dessa forma, os maiores aumentos no último ano foram:

  • Mamão – 99,39%
  • Melancia – 81,60%
  • Morango – 73,86%
  • Melão – 61,15%
  • Manga – 47,51%
  • Banana d’água – 42,87%
  • Banana prata – 35,71%
  • Maracujá – 36,70%
  • Tangerina – 32,52%
  • Maçã – 25,94%

Assim, as únicas que ficaram mais baratas foram o limão (-12,74%) e a laranja baía (-5,24).

Por que as frutas estão mais caras?

Primeiramente, o custo para os produtores agrícolas é alto, assim, este é um dos principais motivos para o aumento no preço das frutas, de acordo com Maria Luiza Zacharias, diretora de novos negócios na Horus, uma empresa de inteligência de mercado.

Dessa forma, entre esses custos, pode-se citar os fertilizantes. Isso porque o Brasil importa esse produto para a Rússia, portanto, devido ao conflito no país, os preços tiveram um aumento considerável.

Além dos fertilizantes, diesel, usado nos caminhões que transportam os alimentos, também foi um catalisador para que as frutas ficassem mais caras. Ainda que o preço de alguns combustíveis tenha caído, como a gasolina (-15,48%) e o etanol (-11,38%), o mesmo não aconteceu com o óleo diesel, que ficou mais caro (4,59%) no mês de julho.

Vale ressaltar que no inverno algumas frutas têm entressafra (período entre uma safra e outra), como maracujá, mamão papaia, melancia, melão, banana e manga. Assim, esse período, de acordo com Matheus Peçanha, economista da FGV (Fundação Getúlio Vargas), faz com que o preço das frutas aumente.

Isso porque quanto menor a quantidade de frutas disponíveis no mercado, maiores ficam os preços. Contudo, o clima quente e seco faz com que o consumo de frutas como melancia, mamão e manga aumente, o que também aumenta os preços desses alimentos.

Portanto, devido ao crescimento da demanda, houve uma redução de 21,22% na oferta da melancia e de 19,21% do mamão formosa. Esses dados têm como base este mesmo período de 2021, segundo a Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo).

Além disso, segundo o índice interno da Ceagesp, o mês de julho teve queda de 2,38% nos preços dos produtos vendidos. Entretanto, as frutas foram os únicos alimentos que sofreram aumento de  3,06% entre todos os produtos pesquisados (frutas, verduras, legumes e pescados).

Fonte: Seu Crédito Digital

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