Search
Close this search box.

Paraná quer recuperar 350 mil hectares de pastagens degradadas até 2030

21 de junho de 2024

Conjunto de metas para baixa emissão de carbono na agricultura inclui também aumento do plantio direto e do sistema de integração lavoura-pecuária-floresta
Compartilhe no WhatsApp
Paraná quer recuperar 350 mil hectares de pastagens degradadas até 2030

Os próximos seis anos serão desafiadores para o estado do Paraná no que tange à produção agropecuária e a preservação do meio ambiente. O Brasil, através do Plano ABC +, comprometeu-se com a meta de redução da emissão de carbono em 1 bilhão de toneladas até 2030 e o Paraná tem um papel decisivo, sendo um dos principais estados do agronegócio brasileiro.

O Paraná estabeleceu como meta recuperar 350 mil hectares de pastagens degradadas, expandir os sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta, que devem ocupar mais de 500 mil hectares, além de avançar na qualificação do uso do sistema de plantio direto de grãos em 400 mil hectares.

Segundo o coordenador do grupo gestor estadual de agricultura de baixa emissão de carbono, Breno Campos, o Paraná tem 2,3% da área nacional e as metas traçadas devem diminuir 15% do total da redução esperada para todo o Brasil até 2023.

Entre as estratégias também está priorizar o uso de bioinsumos e de sistemas de irrigação, além da ampliação em 78 milhões 900 mil metros cúbicos do manejo de resíduos de produção animal. O estado assumiu ainda o compromisso de aumentar em 60 mil cabeças o número de bovinos terminados de forma intensiva, usando os dejetos para a produção de biogás e biometano.

Para o desenvolvimento da proposta, o Paraná conta com o apoio de instituições privadas do agronegócio e de pesquisa. Um dos projetos da Universidade Federal do estado é o sistema silvipastoril para a produção de ovinos, que fica dentro da fazenda experimental Canguiri, em Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba. A pesquisa e extensão rural foram financiadas pelo Ministério da Agricultura e faz parte do Plano ABC + Paraná.

Alda monteiro, professora da UFPR e membro do grupo gestor estadual ABC +, explica que a pastagem bem manejada e com boa produtividade também é uma ferramenta de retenção de carbono importante.

O plano ABC + é um complemento ao Plano ABC, que durante o período de 2010 a 2020, trouxe resultados acima do esperado. No total, foram mitigados 170 milhões de toneladas de dióxido de carbono, o equivalente a uma área de 52 milhões de hectares, superando em 46,5% a meta estabelecida. O Ministério da Agricultura acompanha de perto as ações desenvolvidas pelo Paraná e acredita que as metas estabelecidas pelo estado podem ser atingidas antes do prazo inicial, segundo Nádia Schmidt, secretária executiva do Plano pelo Mapa.

“O Brasil é um país essencialmente agrícola, então muitos países e continentes com os quais comercializamos como Europa e Estados Unidos, exigem selo de sustentabilidade e redução do carbono. Até para a comercialização dos nossos produtos isso é importante”, disse Nádia.

Por Canal Rural

Leia outras notícias no portal Mundo Agro Brasil

Relacionadas

Veja também

Trabalho busca identificar melhor estratégia para incorporar dados com programas de melhoramento em curso
Receita mensal segue em compasso positivo; no ano, alta acumulada em volumes chega a 2%
Evento inédito reúne 2.000 animais de corte e oferece oportunidades imperdíveis para pecuaristas de todo o Brasil.
Queijo Artesanal Serrano é um produto de grande importância econômica e ambiental para a região dos Campos de Cima da Serra