Integrantes do Time Brasil na Rio 2016 estão de volta aos Jogos: Rodolpho Riskalla, com Don Henrico, sonha com medalha; enquanto Sérgio Froés Oliva, montando Millennium, em sua quarta participação, quer somar mais medalhas aos dois bronzes de 2016. Os brasileiros já estreiam dias 26 e 27 de agosto.
Única modalidade do Hipismo no programa da Paralimpíada, o Adestramento Paraequestre é uma competição mista, em que mulheres e homens de diferentes idades competem em nível de igualdade. As provas acontecem entre 26 e 30/08 no Baji Koen Equestrian Park, reunindo 78 competidores de 27 países e 15 equipes.
O Brasil será representado por dois conjuntos: Rodolpho Riskalla e Don Henrico, Sérgio Froés Oliva e Millennium; na disputa individual. No mais recente ranking da FEI Rodolpho Riskalla, que reside na Alemanha, ocupa a vice-liderança do Grupo IV e o 11º lugar na classificação geral, e o brasiliense Sérgio Oliva, que mora no Brasil e estava sem competir devido à pandemia, em 16º no Grau Ia e 57º no ranking geral.
Sergio Oliva e Rodolpho Riskalla, em flash no hipismo
Dono de dois bronzes nos Jogos do Rio 2016, o brasiliense Sérgio Oliva, 39 anos completos em 17/8, chega a Tóquio para sua quarta disputa Paralímpica consecutiva. Já o paulista Rodolpho Riskalla, 36 anos, radicado na Europa, estreou nos Jogos do Rio 2016 e está de volta a Tóquio cinco anos depois de subir no palco do FEI Awards para receber o troféu como vencedor da categoria Against All Odds (contra todas as adversidades) de 2016, premiação anual promovido pela FEI em homenagem aos destaques das modalidades ao longo da temporada.
Ambos os cavaleiros e suas equipes chegaram ao Japão nessa quinta-feira, 19/8, e já estão na Vila Olímpica. “Tivemos um período de quarentena ótimo! Pude fazer ótimos treinos. Por conta da distância e experiência, junto com os meus treinadores, Rosangele Riskalla e Holga Finken, a equipe veterinária de Marc Suls que nos acompanham até Tokyo, e a minha irmã Victoria que viajou o meu cavalo Don Henrico. Que apesar da idade, aos 18 anos, está em plena forma”, contou Rodolpho, ainda durante o voo.
Já em solo japonês, Sergio também está otimista. “Acabamos de chegar e já jantamos. Estamos esperando a chegada dos cavalos nessa madrugada. Estou com muita expectativa que vai dar tudo certo. Meu cavalo está bem, estou fazendo um conjunto bacana com o cavalo, estou esperançoso. Que dê tudo certo e com bom resultado. Torçam pela gente, torçam pelo Brasil”, disse Sérgio, que está em Tóquio ao lado sua treinadora Marcela Parsons, diretora Paraquestre da CBH, e apoio de Maria José Froes.
Por dentro da prova
No Adestramento Paraequestre as provas são divididas em níveis técnico e estilo livre, além da prova por equipe. Medalhas são distribuídas em todas as provas e nos cinco graus onde os atletas são distribuídos. Assim, cada atleta pode disputar até três medalhas por evento.
Na prova individual técnica o atleta precisa apresentar movimentos pré-determinados pelo Comitê Internacional Paraequestre (IPEC). Já no estilo livre o atleta cria suas “rotinas”, ou “figuras”, exercícios de diferentes níveis de dificuldade incorporando os movimentos exigidos pelo IPEC, mas acompanhado de música, de maneira que a apresentação mostre harmonia, entrosamento e leveza entre cavaleiro e cavalo.
Em Tóquio, as equipes podem ser compostas com até quatro conjuntos e um mínimo de três. Os três atletas indicados só serão anunciados após as provas individuais, permitindo que o chefe de equipe tenha opção de escolha dos conjuntos que se apresentam em melhor condição. Em Tóquio, o Brasil só compete no individual.
Os graus do Paraequestre
Os competidores são divididos em cinco níveis identificados com algarismos romanos I, II, III, IV e V, do maior ao menor grau de comprometimento físico. No Grau I, onde compete Ségio Oliva, reune atletas que são capazes de andar sem ou com auxílio, mas que possuem comprometimento unilateral moderado, comprometimento moderado nos quatro membros ou comprometimento severo dos braços.
Os atletas de Grau IV, em que compete Rodolpho Riskalla, os atletas têm deficiência severa dos membros superiores ou deficiência moderada nos quatro membros ou baixa estatura. Atletas no grau IV são capazes de andar, geralmente não necessitam utilizar cadeiras de rodas na sua vida diária. Também inclui atletas cegos totais.
Demais graus
Grau II – Cadeirantes ou aqueles com comprometimento locomotor severo, envolvendo tronco e com boa a razoável funcionalidade dos membros superiores ou atletas que possuem comprometimento unilateral severo. A classe engloba, ainda, pessoas com comprometimento unilateral moderado, comprometimento moderado nos quatro membros ou comprometimento severo dos braços.
Grau III – Pessoas que são capazes de andar sem ou com auxílio, mas que possuem comprometimento unilateral moderado, comprometimento moderado nos quatro membros ou comprometimento severo dos braços
Grau V – Deficiência leve ou deficiência de força muscular leve, ou deficiência em um membro ou deficiência leve em dois membros. Grau V também inclui atletas com deficiência visual moderada.
Boxe:
PROGRAMAÇÃO ADESTRAMENTO PARAEQUESTRE EM TÓQUIO
26/8 (quinta-feira)
15h00 às 22h35 (horário local) – de 03h00 às 10h35 (horário de Brasília)
Individual Test – Grau II, Grau IV (Rodolpho), Grau V
Pódio
27/8 (sexta-feira)
15h00 às 22h00 (local) – 03h00 às 10h00 (Brasil)
Individual Test – Grau I (Sérgio) e Grau III
Pódio
28/8 (sábado)
17h00 às 22h10 (local) – 05h00 às 10h10 (Brasil)
Test Team Freestyle
Pódio equipe
30/8 (segunda-feira)
15h00 às 22h15 (local) – 03h00 às 10h15 (Brasil)
Individual Freestyle Test
Graus IV e V – Premiação
Graus III, II e I – Premiação
Fonte: Imprensa CBH/Por Carola May e Rute Araújo
Foto: Divulgação CBH
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