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Cai diferenças de cotações do boi entre MT e SP

28 de janeiro de 2022

Em 2021, as diferenças entre os preços praticados no boi gordo em praças comerciais de Mato Grosso e São Paulo ficaram menores, dia IMEA
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Cai diferenças de cotações do boi entre MT e SP
Custos de produção da bovinocultura de corte, principalmente na cria e recria, caem no Mato Grosso, segundo Acrimat – Foto: MAB/Ivaris Júnior

Apesar de todas as variações que ocorreram no mercado da carne bovina no decorrer de 2021, as cotações da arroba do boi gordo em Mato Grosso ficaram mais próximas dos preços praticados nas praças paulistas – e houve uma maior valorização da proteína do Estado. Os dados são do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (IMEA).

Segundo o IMEA, o ano de 2021 foi marcado por um encurtamento no diferencial de base entre Mato Grosso e São Paulo em 4,83 pontos percentuais, no comparativo com o ano de 2020, e o indicador ficou em 5,85% na média anual. Esse indicador representa quase metade do praticado em 2020, quando o diferencial de base alcançou 10,86 pp.

O gerente de Relações Institucionais da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Nilton Mesquita, explica que o diferencial de base é um indicador importante no mercado do boi gordo, pois é a partir dele que os pecuaristas realizam seus cálculos e avaliam a rentabilidade do seu negócio.

“A arroba de São Paulo é a referência do Brasil, pois é um local de escoamento, baixo custo, não há gasto com frete e, portanto, tem um preço da arroba mais elevado. E essa diferença entre Mato Grosso e São Paulo sempre foi na casa de 10 pontos percentuais. Quando a diferença fica menor, como ocorreu em 2021, demonstra que nossa arroba está mais valorizada e que houve um maior ganho do pecuarista do Estado nesse período”, explicou.

Para 2022, a expectativa é de que os preços possam continuar em elevados patamares, especialmente com o retorno da China nas negociações, ocorrido no mês de dezembro, após o período de suspensão das importações por parte do país asiático.

Além disso, não é somente o mercado externo que poderá ditar os rumos do mercado da carne. O comportamento da demanda interna também deve influenciar o cenário das cotações, já que grande parte da produção é destinada ao mercado nacional. Outro ponto de atenção também se volta para o início da virada do ciclo pecuário, fator que também pode impactar neste cenário.

Custos de produção para cria e recria em queda

Os custos de produção da pecuária de corte no sistema de cria e recria-engorda em Mato Grosso registraram leve queda no quarto trimestre de 2021, referente ao fechamento do ano, após um período de acréscimo.

Os dados também são do boletim do IMEA e apontam que o sistema de cria teve queda 0,68% no comparativo com o terceiro trimestre de 2021. Já o sistema de recria-engorda registrou queda de 0,40%, no mesmo período.

Desse modo, os indicadores ficaram na média de R$ 289,12/@ e R$ 273,83/@, respectivamente. Este resultado foi consequência, principalmente, do recuo das cotações dos animais de reposição, como o touro e o boi magro, ainda de acordo com o IMEA.

Apesar da queda nestes sistemas, o custo de produção do ciclo completo apresentou aumento. Houve acréscimo de 0,59% ante o terceiro trimestre e fechou na média de R$ 249/@.

Por essa razão, a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) recomenda que os pecuaristas se mantenham atentos à sua produção e custos. Será necessário reforçar os planejamentos, para que se possa ter condições de analisar e negociar no mercado, além de adquirir insumos com menor preço.

Fonte: Acrimat

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