Nas últimas horas, o mercado exportador de carne bovina, seus produtores e indústria, se viram envolvidos em alvoroço mediante a confirmação de um caso de “vaca louca”, no Brasil. Várias foram as informações desencontradas e até “fake News” sobre o assunto, mostrando falta de conhecimento e domínio das normas e ações que giram em torno do produto.
De fato, a Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) confirma a ocorrência de dois casos atípicos de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), o tal do “mal da vaca louca”, em frigoríficos de Nova Canaã do Norte (MT) e de Belo Horizonte (MG).
Na verdade, estes são o quarto e quinto casos de EEB “atípica” registrados em mais de 23 anos de vigilância para a doença. Vale reforçar que o Brasil nunca registrou a ocorrência de caso de EEB “clássica”. E é exatamente aí que ocorre a confusão e alvoroço sem qualquer base na realidade do setor.
A EEB “atípica” ocorre de maneira espontânea e esporádica e não está relacionada à ingestão de alimentos contaminados, como ocorre no caso da “clássica”. Nessa situação de “atípica” há todo um protocolo a se cumprir de imediato, ações de cunho sanitário de mitigação de riscos. E todas já foram concluídas antes mesmo da emissão do resultado final pelo laboratório de referência da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em Alberta, no Canadá.
Em sendo assim, não há qualquer risco para a saúde humana e animal. Os dois casos de EEB “atípica” foram detectados durante a inspeção ante-mortem. Trata-se de vacas de descarte que apresentavam idade avançada e que estavam em decúbito nos currais. Após a confirmação, na data de e de setembro, em Alberta, o Brasil notificou oficialmente à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), conforme preveem as normas internacionais.
No caso específico da China, em cumprimento ao protocolo sanitário firmado entre o país e o Brasil, ficam suspensas temporariamente as exportações de carne bovina. A medida, que passou a valer no dia 4 de setembro se dará até que as autoridades chinesas concluam a avaliação das informações já repassadas sobre os casos.
O MAPA esclarece que a OIE exclui a ocorrência de casos de EEB “atípica” para efeitos do reconhecimento do status oficial de risco do país. Desta forma, o Brasil mantém sua classificação como país de risco insignificante para a doença, não justificando qualquer impacto no comércio de animais e seus produtos e subprodutos. Vamos trabalhar sob informações corretas!
Fonte: MAB/MAPA
Foto: Divulgação/Embrapa
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