De acordo com dados levantados pelo Irga (Instituto Rio-Grandense do Arroz), cada saca de 50 kg de arroz desta safra 2020/21 custou R$ 73,72 aos produtores do Rio Grande do Sul, o que representa um custo de produção de R$ 11.567,74 por hectare.
Nesta última temporada – negociada agora – a saca está entre R$ 75 e R$ 85. A colheita registrou produtividade recorde e pela primeira vez ultrapassou os 9 mil kg por hectare, o que auxiliou na rentabilidade dentro do ciclo dos produtores. Até o ano passado, essa média (9.050 kg por hectare) nunca havia ultrapassado os 8 mil kg e chegou aos 8.400 na temporada 2019/20.
“O preço dos insumos foi um dos principais responsáveis pelo aumento, já que representam mais da metade dos custos totais. Além disso, o próprio aumento nas cotações do arroz impactou, uma vez que muitos gastos tomam esses patamares como referência, como os arrendamentos”, comentou diretor técnico do Instituto.
Na parcial de junho (22/06), a queda mostrada pelo Indicador ESALQ/SENAR-RS chegava a quase 12%. Isso com os preços do arroz em casca seguindo em queda no Rio Grande do Sul – 58% de inteiros e o pagamento à vista recuando a 11,9%, fechando a R$ 69,89/sc de 50 kg.
Segundo colaboradores do Cepea, compradores acreditam que o maior excedente interno pode pressionar ainda mais os valores domésticos e, assim, buscam adquirir apenas pequenos volumes. Além disso, o aumento dos custos do transporte acaba pesando também sobre as cotações do cereal pagas ao produtor.
Quanto à liquidez, um número ligeiramente maior de negócios envolvendo o arroz com casca foi captado pelo Cepea no spot sul-rio-grandense nos últimos dias, mas também cresceram os relatos sobre dificuldades de comercialização de arroz entre unidades beneficiadoras e atacadistas/varejistas.
Fonte: Cepea, Irga
Crédito da foto: Divulgação
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