Os analistas Luiz Fernando Roque, coordenador de Inteligência de Mercado, e Ignacio Espinola, sênior de grãos e oleaginosas da Hedgepoint Global Markets, analisam os resultados pós-WASDE para os mercados de soja, milho e trigo.
Soja: O relatório de janeiro do USDA cortou a produção (118,8 Mt) e os estoques (10,3 Mt) nos EUA para 25/26;
Milho: Foram surpreendentes, também, os cortes na produção (377,6 Mt) e nos estoques (39,1 Mt), tanto nos EUA quanto globalmente (produção de 1,214 bilhões de toneladas e os estoques para 293,3 Mt);
Trigo: Sem grandes surpresas para o trigo. Houve ajustes pontuais nos estoques, que ficaram em 21,7 Mt nos EUA e 258,8 Mt globalmente.
Soja: tendência altista
O relatório de janeiro do USDA surpreendeu o mercado ao anunciar grandes cortes na produção e nos estoques de soja nos EUA, contrariando as expectativas de ajustes menores.
“A produção norte-americana para a temporada 2026/25 foi reduzida para 118,8 milhões de toneladas, comparado a 121,4 milhões no relatório de dezembro/24. Além disso, os estoques finais caíram para 10,3 milhões de toneladas, ante 12,8 milhões no mês anterior. Essas mudanças podem impulsionar os preços dos contratos futuros de soja em Chicago no curto prazo”, dizem os analistas.
Milho: tendência altista
O relatório de janeiro do USDA trouxe surpresas para o milho, com cortes significativos na produção e nos estoques, tanto nos EUA quanto globalmente.
“Nos EUA, a produção foi reduzida para 377,6 milhões de toneladas e os estoques finais para 39,1 milhões de toneladas. Globalmente, a produção caiu para 1,214 bilhões de toneladas e os estoques para 293,3 milhões de toneladas. Esses ajustes devem impulsionar os contratos futuros de milho em Chicago”, destacam Luiz e Ignacio.
Trigo: tendência neutra
Diferentemente da soja e do milho, o relatório de janeiro do USDA não trouxe grandes surpresas para o trigo. Foram feitos apenas ajustes pontuais, com impacto neutro sobre os contratos futuros em Chicago. “Os estoques finais dos EUA foram ajustados para 21,7 milhões de toneladas, contra 21,6 milhões no relatório de dezembro. Globalmente, os estoques subiram para 258,8 milhões de toneladas, em comparação com 257,9 milhões no relatório anterior”, concluem.
Por Hedgepoint
Leia outras notícias no portal Mundo Agro Brasil