As chuvas que assolaram o estado de São Paulo na última sexta-feira (24) foram consequência de uma combinação de fatores que, individualmente ou em conjunto, tem gerado impactos sobre o comportamento do clima. Do La Niña, passando pelo aquecimento do oceano Atlântico, pela ocorrência de zonas de convergência, até os efeitos das mudanças climáticas, diferentes situações levam a eventos climáticos intensos, e cada vez mais frequentes, passando a exigir um monitoramento preventivo e constante por parte de toda a sociedade, principalmente pelas empresas e instituições públicas.
O que ocorreu na sexta-feira na cidade de São Paulo, na análise da Climatempo – a maior e mais reconhecida empresa de consultoria meteorológica e previsão do tempo do Brasil e da América Latina -, teve origem no excesso de calor e umidade no ar, somado à presença de uma frente fria em alto mar e à circulação de ventos com tendência ciclônica no oceano. Foram muitas variáveis, cujo resultado foi o temporal mais intenso, em 24 horas, na capital paulista, desde 1988.
“A frequência, intensidade e duração das ondas de calor têm aumentado a cada ano. E o início de 2025 já confirma essa tendência, embora não esteja prevista a ocorrência do El Niño, que teve forte influência no número de eventos intensos registrados nos últimos dois anos”, afirma Ana Clara Marques, meteorologista da Climatempo.
Ela explica que fenômenos meteorológicos locais, que impactam fortemente uma determinada área – ao contrário dos fenômenos de escala climática, que afetam regiões inteiras – têm se tornado mais frequentes, tomando todos de surpresa. “São rápidas mudanças na condição do tempo, que causam temporais, ventos fortes e raios, entre outras ocorrências, e que são registradas apenas em uma localidade”, afirma Ana Clara, ao destacar que estes eventos estão se espalhando por diferentes locais de todo o Brasil.
A meteorologista da Climatempo explica que, embora as chuvas sejam um fato normal nesta época do ano, o fenômeno La Niña – que foi confirmado no dia 9 de janeiro – está reforçando a ocorrência de zonas de convergência de umidade, e a chegada de frentes frias com muita umidade, o que causa um choque com o nível de temperatura das águas do oceano Atlântico, que se encontram mais quentes.
São situações que estão demandando um monitoramento cada vez mais estreito do clima. “Diversas empresas estão buscando previsibilidade tanto de curto quanto de médio e longo prazos, principalmente nos setores de saneamento e de energia, e também na indústria, com destaque para a farmacêutica, de confecção e de alimentos, em especial a de sorvetes e bebidas”, acrescenta.
A análise da Climatempo é que o pico do La Niña aconteceu em janeiro, e o fenômeno deverá se dissipar ao final do verão. Por outro lado, as ondas de frio vão começar mais cedo, já a partir de março. “Ao contrário de 2024, teremos um inverno com mais frio este ano”, observa a meteorologista. “Este período trará oportunidades de vendas para setores como o de confecção e aquecedores, e é recomendável que as empresas estejam preparadas e embasadas nas previsões climatológicas para realizar o melhor planejamento de produção e vendas”, recomenda Ana Clara.
Sobre a Climatempo
A Climatempo é a maior e mais reconhecida empresa de consultoria meteorológica e previsão do tempo do Brasil e da América Latina. Desenvolve serviços de análises e previsões climáticas para empresas e instituições da área pública e privada, com serviços especializados que atendem diversos setores de atividades, como energia, mineração, agronegócio e logística, entre outros. Para o público em geral, fornece informações sobre o clima por meio do seu website e aplicativos, e boletins com previsão do tempo para diversos veículos de comunicação. Juntos, esses canais somam 20 milhões de usuários mensalmente.
Comprometida com a inovação, foi a primeira empresa privada a oferecer análises climáticas customizadas no mercado brasileiro e, em 2015, instalou o LABS Climatempo no Parque de Inovação Tecnológica de São José dos Campos (SP), para atuar na pesquisa e no desenvolvimento de soluções para tempo severo, energias renováveis (eólica e solar), hidrologia, comercialização e geração de energia, navegação interior, oceanografia e cidades inteligentes.
Fundada em 1988, a Climatempo foi adquirida, em 2019, pela StormGeo, empresa líder global em serviços de inteligência meteorológica e suporte à decisão, sediada na Noruega, com presença em 15 países e 515 funcionários, e que, desde 2021, integra o grupo Alfa Laval, líder global no fornecimento de produtos nas áreas de transferência de calor, separação e manuseio de fluidos.
Por: GPCOM Comunicação Corporativa
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