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O que se pode esperar no mercado da soja?

12 de fevereiro de 2022

Sobe e desce nas principais bolsas, quebra de safra da safra no Brasil e oscilações de preços, mexem com o futuro próximo do grão. No RS as cotações se aproximaram dos R$ 200/sc.
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O que se pode esperar no mercado da soja

Na Bolsa de Chicago, os preços da soja voltaram a subir fortemente entre o início de janeiro e a primeira semana de fevereiro com o contrato de vencimento em março/22, apresentando valorização de 11% no período, negociado na 6ª feira (4 de fevereiro) a USD 14,7/bu, maior nível desde junho de 2021.

Os outros vértices também postaram ganhos no mesmo intervalo de tempo, mas em proporção um pouco menor, caso do contrato de maio/23, por exemplo, que subiu 9% no período.

O mercado seguiu influenciado negativamente pelas restrições hídricas e elevadas temperaturas que têm afetado, sobremaneira, as lavouras da região Sul do Brasil, Oeste de São Paulo e a parte mais ao Sudoeste do Mato Grosso do Sul, de acordo com a Conab.

Efeitos adversos também têm sido registrados na Argentina e no Paraguai. Com isso, a safra no Brasil tem sido revisada para baixo pela maioria das consultorias de mercado. A Stonex, por exemplo, que no início de janeiro previa uma produção de 134 milhões de toneladas, cortou sua estimativa para 126,4 milhões no início de fevereiro.

Embora menos preocupante, está no radar do mercado também os possíveis impactos do excesso de chuvas no Cerrado e Matopiba no avanço da colheita e qualidade dos grãos e também da falta de luminosidade sobre o peso final dos grãos.

A soja no Brasil

A elevação das cotações na CBOT atrelada à valorização do prêmio nos portos mais do que compensaram o fortalecimento do Real no período e contribuíram para a valorização do grão nas praças locais. Em Sorriso, por exemplo, a alta desde o início de janeiro é de 9% com a saca comercializada a R$ 170/sc em 4/janeiro. No Rio Grande do Sul as cotações já se aproximam dos R$ 200/sc.

O atual cenário de preços firmes da soja ao longo dos próximos meses diante do aperto do balanço global da oleaginosa, o que deixa pouco espaço para perdas adicionais da safra atual na América do Sul e também deverá ser suficiente para voltar a estimular o aumento de área plantada nos Estados Unidos na safra 2022/23.

É válido destacar que essa redução da oferta na América do Sul deve fazer com que importadores globais, notadamente a China, aumentem o interesse pela soja norte-americana, o que poderá trazer impulsos adicionais às cotações de Chicago.

Ventos favoráveis também sopram das perspectivas positivas para os preços do óleo de soja face à disponibilidade limitada de óleos vegetais no mundo, com destaque para a recente imposição do governo indonésio para que 20% da produção nacional seja destinada ao mercado doméstico em uma tentativa de garantir o abastecimento local.

No mercado de farelo de soja, o cenário é bastante parecido. Apesar do aumento esperado da produção global, o consumo tende a seguir firme, de tal sorte que os estoques finais no mundo deverão voltar a cair no ano safra 2021/22 e, assim, dar sustentação às cotações do produto no mercado internacional.

No Brasil, apesar do avanço esperado da colheita, as altas em Chicago combinadas com o câmbio desvalorizado e a elevação dos prêmios nos portos, dada a “briga” pela soja entre exportadores e esmagadores, tendem a seguir dando suporte às cotações em Reais.

Fonte: Agrolink com dados do relatório mensal da Consultoria Agro Itaú

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