Inseminação artificial já está presente em 81% dos municípios brasileiros

7 de março de 2025

Pecuaristas reforçam investimentos em genética e impulsionam melhora da produtividade no campo, aponta INDEX ASBIA 2024
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Inseminação artificial já está presente em 81% dos municípios brasileiros
Foto: Divulgação

Os pecuaristas brasileiros ampliaram seus investimentos em genética bovina em 2024. Segundo o INDEX ASBIA 2024, estudo conduzido pela Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) em parceria com o Centro de Estudos em Economia Aplicada (Cepea/USP), houve crescimento na coleta, importação e uso de sêmen no rebanho. O levantamento mostra que a produção de doses de sêmen aumentou 6%, a importação avançou 14%, e o uso no rebanho registrou alta de 4% em relação ao ano anterior.

A oferta total de genética bovina no mercado nacional atingiu 26,2 milhões de doses, refletindo o fortalecimento da inseminação artificial como ferramenta essencial para elevar a produtividade da pecuária brasileira.

Expansão da genética bovina impulsiona a pecuária brasileira

O setor de inseminação artificial seguiu em ascensão em 2024, com 20,5 milhões de doses produzidas, contra 19,4 milhões em 2023. O crescimento na importação também foi expressivo, saltando de 5 milhões para 5,7 milhões de doses. Esses números revelam um mercado aquecido, impulsionado pela busca dos pecuaristas por animais mais produtivos e eficientes.

Para Lilian Matimoto, executiva da Asbia, a disseminação da inseminação artificial pelo país tem sido um diferencial para o avanço da pecuária.

“Em 2024, a inseminação artificial foi praticada em 81% dos municípios brasileiros, o que representa um total de 4.496 municípios. Esse resultado nos deixa muito satisfeitos, mas sabemos que ainda há muitas oportunidades para expandir o uso da tecnologia”, destaca.

O aumento no uso da genética bovina está diretamente ligado à necessidade de melhoria na produtividade e na qualidade dos rebanhos, tanto de corte quanto de leite. O levantamento aponta que os pecuaristas brasileiros estão cada vez mais conscientes sobre a importância do investimento na genética como estratégia para ganhos futuros.

Destaque para genética leiteira e de corte

A pecuária leiteira apresentou um aumento expressivo no uso de inseminação artificial. Em 2024, os produtores adquiriram 5,9 milhões de doses de sêmen com aptidão para leite, um crescimento de 9% em relação ao ano anterior. Esse volume é o maior registrado desde 2018, indicando uma tendência de intensificação do melhoramento genético no setor.

Já a pecuária de corte registrou crescimento de 3%, passando de 17 milhões para 17,5 milhões de doses adquiridas. No total, somando os segmentos de corte e leite, os pecuaristas investiram em 23,4 milhões de doses de genética melhoradora, um aumento de 4% em relação a 2023.

Segundo Matimoto, o crescimento indica a confiança dos pecuaristas na genética como ferramenta de aprimoramento da pecuária.

“Mesmo diante de desafios no mercado de corte e leite em 2024, os produtores continuaram investindo em melhoramento genético. Isso mostra um entendimento cada vez maior de que genética não é custo, mas sim um investimento fundamental para melhorar os resultados produtivos dos rebanhos”, afirma a executiva.

Exportação de sêmen e prestação de serviço em queda

Enquanto o mercado interno de inseminação artificial registrou crescimento, as exportações de sêmen tiveram uma retração de 5% em 2024. Foram exportadas 368.371 doses de sêmen de aptidão leiteira e 464.905 doses de sêmen para corte.

Além disso, a prestação de serviço no setor caiu 20%, totalizando 1,4 milhão de doses produzidas sob contratos de coleta e industrialização. Essa categoria envolve acordos entre pecuaristas e empresas para a produção de sêmen direcionado ao próprio rebanho do produtor.

Acesso ao relatório completo

Os dados do INDEX ASBIA 2024 podem ser consultados na íntegra pelo site oficial da Asbia, onde estão disponíveis informações detalhadas sobre a evolução do uso da inseminação artificial no Brasil.

Por Asbia

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