Tradicionalmente, os dias de temperaturas mais baixas em regiões tropicais não favorecem o consumo de suco de laranja ou mesmo da fruta “in natura”. Mas quando o clima traz geadas e até neve, aí os números despencam. É o que assistimos no mercado citricultor nos mês de julho e início de agosto, no Brasil.
“Produtores consultados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) têm relatado menor ritmo de vendas no mercado de laranja. O período de final de mês e a queda nas temperaturas diminuíram a comercialização. Além disso, o cenário de oferta elevada também dificulta a reação nos preços. Na semana passada, a pera teve média de R$ 5,87 a caixa de 40,8 quilos, na árvore, queda de 5% em relação à média anterior”, diz o Centro.
O cenário só não é pior em função dos acometimentos mexicanos e norte-americanos que, em seus períodos, também enfrentarem intempéries climáticas, o que fizeram reduzir suas respectivas produções, que também sofreram com frio além da conta no início deste 2021. Vale lembrar que verão aqui é inverno lá. Com isso, estoques reguladores caíram.
Com relação à tangerina poncã, a safra está praticamente encerrada no Estado de São Paulo. Segundo colaboradores do Cepea, o volume produzido foi baixo, já que as erradicações foram significativas. Na semana passada, a poncã teve média de R$ 11,91 a caixa de 27 kg, na árvore, elevação de 2,4% em relação à média anterior.
A lima ácida tahiti está em entressafra em São Paulo. Dessa forma, produtores ofertam a fruta aos poucos, na expectativa de preços cada vez maiores, segundo informações do Cepea. A demanda, por sua vez, segue estável. Na semana passada, a tahiti teve média de R$ 23,95 a caixa de 27 kg, colhida, alta de 8% em relação à anterior.
Fontes: CEPEA e Canal Rural
Foto: Colheita da tangerina Ponkan/Divulgação
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