A Agrishow 2022, encerrada na sexta, 29, contou com a participação da primeira cultivar de feijão tipo exportação Mungo Verde do Instituto Agronômico (IAC). De perfil rústico, consumido como moyashi, essa classe de feijão é direcionada principalmente aos mercados da China e da Índia.
O pesquisador científico do IAC e diretor do Centro de Grãos e Fibras, Alisson Fernando Chiorato, explica que a cultivar IAC VR211 foi desenvolvida com a intenção de criar opções de cultivos para os agricultores, principalmente do Mato Grosso, onde é muito produzido. “É uma espécie completamente diferente do feijão comum, mais rústica e resistente contra pragas e doenças”, revela.

Ainda segundo o pesquisador, a produção do feijão do tipo Mungo Verde no Brasil é, basicamente, para a exportação. “O IAC está bem engajado no melhoramento dessa espécie, que tem apresentado alto rendimento produtivo”, afirma, descrevendo o grão como bem pequeno e de cor verde.
Esse trabalho envolve um outro segmento do Programa de melhoramento do Feijoeiro mantido pelo IAC e visa atender um nicho de mercado, onde o produto tem valor agregado por atender mercados específicos. “É novo dentro do nosso programa de melhoramento genético de feijão no IAC”, diz Chiorato. Os contatos com empresas que irão iniciar a multiplicação de sementes dessa cultivar estão em andamento.
Feijão, amendoim e outras espécies
No estande da Agrishow, também foram apresentadas outras cultivares – seis de feijão e nove de amendoim -, além de espécies de plantas forrageiras e grãos.
Segundo Chiorato, os lançamentos foram apresentados na feira atendem diferentes nichos de mercado, com enfoque na qualidade. “Esse é o carro-chefe do IAC. A diversificação tem o objetivo de gerar novas opções de cultivo para o agricultor, visando alternativas na produção”, ressalta.
Fonte: Assessoria/IAC
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