A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) está liderando o movimento “Minas Grita pelo Leite” para pressionar o Governo Federal contra as importações desenfreadas de leite em pó do Mercosul, especialmente da Argentina e do Uruguai. A concorrência desleal está ameaçando a estabilidade do setor, uma vez que reduz a margem de lucro do produtor, que já não tem subsídios e convive com altos custos de produção. O cenário faz com que os produtores abandonem a atividade leiteira, levando ao risco de desabastecimento do mercado interno e consequente aumento do preço do leite ao consumidor final.
Lideranças políticas, cooperativas e produtores rurais irão se reunir no próximo dia 18 de março, segunda-feira, no Expominas, em Belo Horizonte, para uma grande manifestação. O movimento pede a suspensão das importações subsidiadas da Argentina ou a adoção de medidas compensatórias ou salvaguardas imediatas para socorrer os produtores. Após a manifestação, a Federação vai inaugurar um relógio na porta da sua sede, na avenida do Contorno, em Belo Horizonte, para mostrar a população há quantos dias os produtores de leite estão sem uma resposta do Governo Federal.
A pecuária leiteira está presente em 99% dos municípios mineiros, gerando emprego e renda para milhares de famílias. No país, são produzidos formalmente 24 bilhões de litros de leite por ano, e Minas Gerais ocupa 27% dessa fatia. No estado, são 216 mil fazendas, entre pequenas e médias em sua maioria, e mais de mil indústrias de laticínios.
Serviço: Movimento Minas Grita pelo Leite
Quando: 18/3 – segunda-feira, às 10h
Onde: Arena Multiuso do Expominas
Fonte: Faemg
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