Como ocorreu em março passado, as exportações de carne de frango de abril agora tendem a apresentar um dos melhores resultados de todos os tempos para o mês e, quem sabe até o melhor resultado. É que, em vez de desacelerarem como tem sido praxe, as exportações da terceira semana registraram, proporcionalmente, desempenho melhor que o das semanas anteriores.
É costumeiro que os embarques de carne de frango apresentem índices maiores nas primeiras semanas do mês, decrescendo à medida que o mês avança. Mas em abril corrente não vem sendo bem assim. Tanto que, após registrarem embarque médio diário de 19.677 toneladas nas duas primeiras semanas do mês, as exportações da última semana apresentaram ligeiro acréscimo (19.941 toneladas/dia), o que fez com que a média diária dos primeiros 11 dias úteis do mês – de um total de 20 dias úteis – ficasse em 19.797 toneladas diárias, por enquanto representando volume recorde para os últimos 13 meses, em termos de média diária.
Constatou-se, até aqui, que já foram embarcadas 217.767 toneladas de carne de frango. E, como abril tem outros nove dias úteis pela frente, o total mensal pode ultrapassar as 395 mil toneladas de produto in natura, não só deixando para trás o recorde de 378 mil toneladas de abril de 2016, mas também alcançando o maior volume dos últimos 33 meses.
E não para por aí, porque após 14 consecutivos meses de preços inferiores aos do mesmo mês em 2020, este abril de 2021 tende a ser fechado com resultado positivo. E, embora tenha sofrido retrocesso de uma semana para outra, a média registrada nas três primeiras semanas do mês, da ordem de US$ 1.489,24/tonelada, se encontra meio por cento acima do valor médio registrado em abril do ano passado.
Carne exportada e os comparativos
Considerados os volumes totais exportados nas três primeiras semanas de abril, com 11 dias úteis – 217,7 mil/t de carne de frango, 74,5 mil/t de carne bovina, 51,8 mil/t de carne suína – observa-se que o aumento anual na média diária embarcada foi significativo: de, praticamente, 50% para a carne suína, de 23,5% para a carne de frango; e de 16,5% para a carne bovina.
Quanto aos comparativos dos preços médios, houve aumento também. O sinalizado para a totalidade do mês é um incremento de 24%-25% para a carne bovina e de frango; e de mais de 50% para a carne suína.
Ovos e as importações do Brasil
Enquanto isso, o abastecimento do mercado interno de ovos vem sentindo ambiente fragilizado, e a pressão dos compradores impôs a primeira baixa nos preços. Isso porque a reposição de mercadoria na abertura da semana foi difícil e os produtores de ovos brancos e vermelhos não conseguiram suportar a pressão baixista exercida pelos compradores. Uma questão de reflexo natural das crescentes exportações do produto, pois os ovos brasileiros têm conquistado cada vez mais a mesa internacional.
Já no primeiro trimestre do ano, de acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), foram exportadas 3,8 mil toneladas do produto, gerando uma receita de US$ 5 milhões. Os Emirados Árabes Unidos absorveram mais de 70% das vendas, totalizando uma contribuição de US$ 2,9 milhões para a receita total.
“O Oriente Médio é um mercado ávido por mercadorias brasileiras de boa qualidade. E o ovo, como o frango, que tiver a certificação halal, que significa lícito para o consumo árabe muçulmano, abre mais oportunidades de negócios nestes países, porque atesta a segurança do alimento em toda a cadeia produtiva”, conta o gerente de Relações Internacionais da Cdial Halal, Omar Chahine.
Fonte: AviSite e Cdial Halal via assessoria