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Consórcio entre governo e iniciativa privada desenvolve calculadora ambiental com o apoio do Serpro

16 de outubro de 2024

Tecnologia vai gerar a pegada de carbono para produtores de carne e leite e será um dos serviços que estarão disponíveis na plataforma Agro Brasil +Sustentável
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Consórcio entre governo e iniciativa privada desenvolve calculadora ambiental com o apoio do Serpro

Um consórcio formado pela FGV e cinco empresas privadas está recebendo o apoio do Serpro para criação de uma ferramenta que vai medir a pegada de carbono dos produtos de carne e leite do país. A tecnologia foi selecionada por um concurso promovido pelo BNDES e vai ser útil para garantir práticas sustentáveis e, assim, facilitar a obtenção de financiamentos e garantir o cumprimento de requisitos exigidos para exportação.

A ferramenta estará disponível na Plataforma Agro Brasil +Sustentável, um ambiente do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), em parceria com o Serpro, com lançamento previsto para janeiro de 2025. A plataforma funcionará como um “oráculo” para validação de dados dos produtores rurais, com informações que vão facilitar a análise de crédito junto a bancos, seguradoras e instituições financeiras.

“A ideia é que produtores da pecuária de corte e de leite acessem a plataforma e informem ao governo como realizam suas práticas. Com essas informações, é possível o cálculo da pegada de carbono e, de acordo com critérios que estarão disponíveis na Plataforma Agro Brasil +Sustentável, fazer a qualificação ambiental, seja da atividade, seja da propriedade como um todo”, explica o superintendente de Relacionamento com Clientes do Serpro, Bruno Vilela.

O financiador do projeto é o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O Serpro contribui com sua expertise tecnológica para integração das soluções de governo. Já o desenvolvimento da metodologia que será utilizada para o cálculo será realizado pelo consórcio liderado pela Fundação Getúlio Vargas em conjunto com as empresas Imaflora, Agrotools, Waycarbon, WRI e DSM.

Linhas de crédito

A pegada de carbono poderá servir como critério para obtenção de linhas facilitadas de crédito e agregação de valor aos produtos. Programas de governo, como o Plano Safra, já buscam trazer mais benefícios para produtores que adotam práticas sustentáveis, além da própria cadeia produtiva que já possui programas Net Zero para zerar o balanço das suas emissões de gases causadores do efeito estufa e precisam que a sua rede de fornecedores tenha esse objetivo também.

A Plataforma Agro Brasil +Sustentável vai integrar as várias bases do governo federal já conhecidas e promover o cruzamento desses dados, permitindo uma conformidade das atividades do produtor com as regras trazidas pelo ordenamento jurídico. Com a calculadora, o próprio usuário também pode contribuir trazendo novas informações para dentro da plataforma, facilitando o relacionamento com as entidades certificadores e garantindo boas práticas agrícolas e pecuárias. “É um sistema que traz agilidade e ainda mais credibilidade a selos de certificação, como os relacionados a produtos orgânicos, de produção integrada e boas práticas agrícolas”, complementa o superintendente do Serpro.

“Sequestro” de carbono

Várias técnicas de produção pecuária já permitem não só neutralizar, mas até mesmo retirar mais carbono do que o produzido, que é “sequestrado” da atmosfera. É o caso das tecnologias preconizadas pelo Plano ABC+ do MAPA [1]. Nesse contexto, o governo tem a expectativa de consolidar um sistema de incentivos que acelere a adoção de tecnologias e metodologias cada vez mais sustentáveis.

Por Serpro

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