Search
Close this search box.

Conjuntura Semanal do Arroz

12 de maio de 2021

Acompanhe o comportamento no cenário do mercado interno, de exportação e as perspectivas na balança comercial
Compartilhe no WhatsApp

Com a colheita praticamente finalizada no país, o preço do arroz começa a demonstrar ameno movimento de desvalorização. Segundo os parâmetros de análise da Conab (de 03/5 a 07/05), esse comportamento também é influenciado pela menor demanda das indústrias de beneficiamento, que aguardam um momento futuro, com possíveis cotações menores, para voltarem de forma mais intensa ao mercado. A menor demanda identificada no varejo tem refletido na menor necessidade de aquisições do grão por parte das beneficiadoras. 

Mais especificamente sobre a safra no Rio Grande do Sul, principal estado produtor, segundo a Sureg/RS: “A colheita alcança 97% da área do estado devendo ser concluída nos próximos dias. A produtividade média segue elevada, a mais alta da história. A tendência é de que a produtividade seja mais baixa nas lavouras mais tardias, mas não deve comprometer a média final”. 

Sobre a balança comercial

Com a revisão do valor de produção, em razão da excelente produtividade identificada no campo no RS, a perspectiva é que o país apresente um superávit de 200 mil toneladas em 2021, valor este abaixo do superávit observado em 2020. As elevadas cotações internas e o cenário de retração de preços internacionais corroboram o cenário traçado. 

Mercado Externo

Preços tailandeses mais elevados que dos concorrentes no sudeste asiático (Vietnã, Índia e Paquistão) é resultado de uma moeda local valorizada (Bath), elevação nos custos dos fretes e reduzida oferta do país, após a seca que atingiu as regiões produtoras nos últimos dois anos. É importante pontuar também que com os preços mais elevados, a Tailândia perdeu parcela do mercado importado chinês para o Paquistão e o Camboja. 

Análise – Destino do arroz brasileiro

De acordo com dados do ComexStat, em abril de 2021, o Brasil exportou 111,1 mil toneladas, sendo o Senegal, com importação de arroz em casca o principal destino do arroz brasileiro, responsável por 22% do volume comercializado pelo país. Destaca-se ainda o Peru, responsável por 20% das exportações brasileiras, com aquisição de arroz beneficiado polido. 

Sobre as importações, o Brasil adquiriu 102,1 mil toneladas, sendo o Paraguai o principal país exportador para o mercado nacional, responsável por 56% das aquisições do país. 

No acumulado nos três primeiros meses do ano, o Brasil exportou 318,9 mil toneladas e importou 389,0 mil toneladas, sendo registrado um déficit de 70,1 mil toneladas na balança comercial do arroz (base casca). 

Cabe ressaltar, todavia, que a estimativa para 2021 é que o setor encerre o ano com um superávit de 200 mil toneladas, com a produção acima do inicialmente previsto e com a provável retração do valor comercializado, principalmente a partir do segundo semestre. 

Fonte: Conab
Crédito da foto: Divulgação/Canva

Leia outras notícias no portal Mundo Agro Brasil

Relacionadas

Veja também

A União Europeia divulgou os dados de importação de fevereiro – mostrando recuperação, ainda que limitada. O bloco importou 3,84 milhões de sacas de café verde, queda de 5% em relação a janeiro.
Chuva segue como empecilho em parte da região Norte, enquanto na Bahia, lavouras de milho safrinha sofrem com deficiência hídrica
Associação de produtores, criada com apoio de programa do Sebrae, difundiu o uso do selo de procedência que assegura a origem dos produtos
Global Agribusiness Fórum e Global Agribusiness Festival, em junho, reúnem palestrantes internacionais, tecnologia, gastronomia e música no Allianz Parque