Muito se fala em boas práticas na produção animal e esse tema pode ser vasto, abrangendo inúmeras medidas, como, por exemplo, a conscientização no quesito bem-estar, que funciona satisfatoriamente em comunhão com produtividade. O que nunca pode ser esquecido, na prática, é que não se pode abrir mão de investimentos e melhoramentos frequentes no que diz respeito às técnicas de manejo.
Numa propriedade rural, voltada à criação de ovinos e caprinos, as modernizações em cercamentos são tão importantes quanto o aumento de lucros. Este é apenas um braço de entre todos os cuidados frequentes, mas, mesmo assim, trata-se de um item que está diretamente ligado ao rendimento e à qualidade.
Para o analista de mercado Danilo Moreira, da Belgo Bekaert, modernizar o cercamento diminui gastos de produtores de caprinos e ovinos. Para ele, cercas eficazes, que garantem a segurança e o bem-estar dos animais, também ajudam a diminuir os gastos e potencializar os ganhos do produtor.
“A criação de caprinos e de ovinos tem crescido no Brasil, especialmente no Nordeste. São mais de 30 milhões de cabeças, de acordo com os dados mais recentes do IBGE. Os abatedouros têm sido profissionalizados nos últimos anos, mas ainda há uma grande aplicação ineficiente de cercas, com um custo-benefício negativo, que impacta diretamente nos rendimentos da fazenda, algo preocupante em períodos de crise”, diz.
Danilo explica que é tradicional nos estados nordestinos a utilização de um espaçamento muito curto entre as estacas no percurso linear da cerca. “Isso faz com que seja usada muita madeira, o que, consequentemente, exige mais mão de obra, tornando o processo excessivamente oneroso. Hoje, o mercado conta com soluções que substituem esse tipo de contenção, com distanciamento maior entre estacas, economizando madeira e custo operacional.”
Entre as opções estão as cercas prontas, como é o caso da tela Belgo Campestre Carneiro que, segundo o analista, é altamente durável e segura. Ele conta que o produto possui tripla galvanização e espaçamento inteligente na parte inferior, algo essencial para conter caprinos e ovinos, que possuem hábitos rasteiros. “Com a aplicação dessa cerca pronta, é possível reduzir em até 20% os custos relativos às estruturas de arame farpado, que pode ainda danificar o couro dos animais, deixando-o inviável para exportação”, finaliza.
Atualmente, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 80% da produção de caprinos está concentrada em quatro estados: Bahia, Pernambuco, Piauí e Ceará. A Bahia também é líder na criação de ovinos, com 22% do rebanho. O Rio Grande do Sul é o segundo colocado, com 17%. Em seguida, aparecem Pernambuco, Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, comprovando a força da caprino-ovinocultura na região.
Fonte: Texto Assessoria