Os preços da carne suína apresentaram queda no mercado interno nos últimos meses, segundo análise da Conab. Enfocando a movimentação do mercado de carnes nos quatro primeiros meses do ano, a Companhia Nacional de Abastecimento, com seu novo trabalho de divulgação, o AgroConab, atenta para a diminuição da demanda interna e pontua o aquecimento das exportações.
Entre as conjunturas divulgadas aparece a forte demanda chinesa, que aumentou em 40% o volume das exportações neste primeiro quadrimestre em comparação ao mesmo período de 2020. Também aparecem na análise o aumento expressivo das importações do Chile, Argentina e Filipinas, indicando que as vendas para o mercado externo cheguem a 100 mil toneladas no mês.
Perspectivas para a carne suína no Brasil
Dentre as produções animais, a suinocultura atualmente representa um cenário extremamente atrativo para os produtores, já que os indícios de seu crescimento no futuro são muito favoráveis, tornando-se uma carne cada vez mais presente no prato do consumidor brasileiro.
Hoje, no cenário mundial, o Brasil se encontra como o 4º maior produtor e exportador de carne suína no mundo, sendo que em sua frente temos a China, União Europeia (considerando todos os seus 28 países juntos) e os Estados Unidos, e por outro lado, após o Brasil temos os russos como 5º maior produtor e exportador mundial.
Dados apontam que ano após ano o crescimento no ramo é constante, o que demonstra a grande margem para expansão que o país ainda encontra. Além disso, todo o cenário geopolítico favorece o nosso crescimento, pois embargos econômicos entre China e EUA apenas alavancaram a China como sendo, além de maior produtora e exportadora, a maior importadora, resultando num incremento de 140% das exportações de carne suína do Brasil para China e de mais 23% apenas para Hong Kong.
Recentemente, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e a MB Agro (consultoria agribusiness) realizaram um estudo para avaliar o mercado de alimentos e suas projeções para os diversos produtos do agronegócio para a próxima década. Esse estudo constatou que entre os anos de 2018 e 2029 haverá um aumento na produção suína de 35%, com 5,1 milhões de toneladas produzidas; crescimento da demanda doméstica em 27%, chegando a 3,9 milhões de toneladas em 2029; evolução no consumo per capita, migrando de 14,4 kg/hab/ano em 2018, para 17,2 kg/hab/ano em 2029; e por fim, o aumento de 68% nas exportações líquidas.
Fonte: AgroConab/MB Agro
Crédito da foto: Divulgação
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