Boi tem relação de troca como a pior de 2022 ao terminador

28 de novembro de 2022

Cálculos do Cepea mostram que a relação de troca atual do boi é a pior ao pecuarista em 2022
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Boi tem relação de troca como a pior de 2022 ao terminador
A média da relação de troca deste ano está em 8,35 arrobas, evidenciando o atual momento desfavorável – Foto: CNA/Wenderson Araujo/Trilux

Os preços médios do boi gordo vêm operando abaixo de R$ 300 desde a última semana de outubro, pressionados sobretudo pela maior oferta de animais para abate. A média da parcial de novembro (até o dia 22), está em R$ 282,04, sendo 5% abaixo da do mês anterior, 10,7% inferior à de novembro/21 e a menor desde novembro/19, quando, vale lembrar, os valores do boi gordo iniciaram um forte movimento de alta.

Já os preços do bezerro vêm mostrando certa estabilidade, sustentados pelos bons volumes de chuvas, que favorecem os pastos e tendem a aquecer a demanda de terminadores por novos lotes de animais – há praticamente sete semanas, o Indicador do bezerro ESALQ/BM&FBovespa fecha nas casas de R$ 2.300/cabeça e de R$ 2.400,00. 

Troca do boi

Diante disso, cálculos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) mostram que a relação de troca atual é a pior ao pecuarista em 2022. Na parcial de novembro, o produtor que faz terminação precisa de 8,68 arrobas de boi gordo paulistas para a compra de um bezerro em Mato Grosso do Sul, 5% a mais que no mês anterior.

Até então, o momento mais desfavorável ao pecuarista neste ano havia sido registrado em janeiro, quando foram necessárias 8,59 arrobas de boi gordo para fazer a reposição. A média da relação de troca deste ano está em 8,35 arrobas, evidenciando o atual momento desfavorável. Todas as comparações foram realizas em termos reais (as médias mensais foram deflacionadas pelo IGP-DI).

Fonte: Cepea

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