Suspensão de frigoríficas brasileiras pela Arábia Saudita

14 de maio de 2021

Das 11 plantas brasileiras suspensas pelo país árabe, quatro estão localizadas no Rio Grande do Sul, o que pode gerar prejuízo de R$ 25 milhões/mês no Estado
Compartilhe no WhatsApp

A suspensão de 11 plantas frigoríficas brasileiras processadoras de aves por parte da Arábia Saudita deve afetar, sobretudo o Rio Grande do Sul, onde quatro destas empresas embargadas estão localizadas. Segundo o presidente-executivo da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), José Eduardo dos Santos, o prejuízo pode chegar a R$ 25 milhões ao mês.  

O anúncio da interrupção das exportações de 11 das 22 plantas habilitadas a exportar para a Arábia Saudita foi feito de maneira unilateral pelo país árabe na quinta-feira (06/05), após divulgação de uma lista atualizada das empresas brasileiras autorizadas pela Saudi Food and Drug Authority (SFDA).  

Na segunda-feira (10/05), o Ministério de Relações Exteriores brasileiro informou que foi comunicado verbalmente pela autoridade sanitária saudita de que a suspensão se deu porque “produtos exportados pelas empresas envolvidas teriam ultrapassado limites e padrões microbiológicos” estabelecidos em regras e normativas. Apesar de não haver confirmação de qual ou quais microorganismos teriam sido detectados nas cargas, fontes ligadas ao comércio entre os dois países apontam que o governo saudita alega ter encontrado salmonella no produto brasileiro. 

De acordo com Santos, além do prejuízo financeiro ao Estado, um excedente de 14,5 mil toneladas deve ficar em solo brasileiro todo mês caso esta produção que seria destinada à Arábia Saudita não for canalizada para outros parceiros comerciais. Atualmente, de acordo com a plataforma Comex Stat do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, de janeiro a abril deste ano o Rio Grande do Sul é colocado como o terceiro Estado brasileiro que mais exporta a proteína. 

“Das quatro plantas suspensas, três são de propriedade do Grupo JBS, e por ser uma empresa de maior porte, há mais recursos para redirecionar a produção. Entretanto, o frigorífico Agroaraçá tem justamente como carro-chefe o atendimento da Arábia Saudita com os abates na modalidade halal, e terá de tomar medidas para contornar a situação”, disse. 

Fonte: Notícias Agrícolas
Crédito da foto: Divulgação/Canva

Leia outras notícias no portal Mundo Agro Brasil

Relacionadas

Veja também

A carne de Mato Grosso foi uma das grandes atrações da China International Import Expo (CIIE), a maior feira de importação do mundo, realizada entre os dias 5 e 10 de novembro, em Xangai.
Volume representa queda de 20% na comparação com o mesmo mês de 2024; no acumulado de 2025, embarques somam 33,279 milhões de sacas, também 20% inferiores ao aferido nos primeiros 10 meses do ano passado
Iniciativa reforça o compromisso do movimento com a moda consciente e a rastreabilidade do algodão brasileiro
Acordo foi assinado pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e pelo secretário de Agricultura, Pecuária e Pesca da Argentina, Sergio Iraeta, em Buenos Aires