Safra de café no Brasil em 2025 permanece abaixo da média pelo quinto ano, aponta Itaú BBA

21 de janeiro de 2025

Os dados estão disponíveis no Agro Mensal, relatório divulgado pela Consultoria Agro do Itaú BBA
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Safra de café no Brasil em 2025 permanece abaixo da média pelo quinto ano, aponta Itaú BBA

A safra brasileira de café em 2025 deverá permanecer abaixo da média, marcando o quinto ano consecutivo de produção aquém do normal, segundo o Agro Mensal, relatório do Itaú BBA. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) revisou para baixo sua estimativa para a safra 2024/25 do Brasil, de 69,9 milhões para 66,4 milhões de sacas, sendo 45,4 milhões de arábica e 21 milhões de robusta.

Esses números indicam variações de +1,1% no café arábica e -1,9% no robusta em comparação com o ciclo anterior. A revisão do USDA está alinhada com a projeção feita pelo Itaú BBA em agosto de 2024, que previa 65,5 milhões de sacas.

Com o consumo global de café em alta e a oferta de arábica limitada para 2025 e o início de 2026, os preços devem permanecer elevados, com possibilidade de novas altas. Esse cenário tende a reduzir as exportações brasileiras e dificultar a originação de café, impactando tradings e indústrias de torrefação e café solúvel, que podem enfrentar pressão adicional devido às chamadas de margem.

Para o ciclo 2025/26, a expectativa é de uma safra total semelhante ou levemente inferior à do ano anterior. No arábica, as condições climáticas adversas em 2024, com seca prolongada e forte calor, afetaram o pegamento das floradas, especialmente em áreas não irrigadas. Por outro lado, para o robusta (conilon), o pegamento das floradas foi positivo no Espírito Santo, principal estado produtor, e os bons tratos culturais devem favorecer a produção, desde que o clima continue estável.

O cenário é particularmente favorável para os produtores de robusta, que podem colher volumes elevados e aproveitar preços elevados em 2025. Já as áreas irrigadas de arábica, menos afetadas pela seca, também podem registrar bons resultados em produtividade. 

Por Comunicação Corporativa – Itaú Unibanco

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