Na quarta-feira, 22 de outubro, o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) participou de um workshop promovido pela Embrapa Agricultura Digital, em Campinas (SP), para debater as tecnologias aplicadas à promoção da rastreabilidade e da sustentabilidade na cadeia produtiva do café, como o Terra Class Brasil e a API ElegiAgro, que foram desenvolvidas pela estatal e apresentadas no evento.
O projeto TerraClass produz informações de cobertura e uso da terra nos biomas Amazônia e Cerrado, consistentes e compatíveis com os dados divulgados por outras fontes, o que o torna um importante suporte à formulação de políticas públicas brasileiras e às negociações de acordos internacionais.
“Com isso, é evidente a necessidade de garantir previsibilidade orçamentária para a expansão desse projeto para os demais biomas, principalmente o da Mata Atlântica, onde está inserida parte significativa da cafeicultura brasileira”, revela Silvia Pizzol, diretora de Responsabilidade Social e Sustentabilidade do Cecafé.
Já a API ElegiAgro foi destacada como uma solução para integrar dados de cadastros de imóveis rurais e informações geoespaciais, permitindo avaliar critérios de elegibilidade para as exportações à União Europeia.
“Essa ferramenta apoia a Plataforma AgroBrasil+Sustentável, promovendo maior transparência e conformidade com as exigências de sustentabilidade”, completa Silvia.
O workshop também apresentou a proposta do Protocolo de Reconhecimento Embrapa, que visa abranger toda a cadeia produtiva, da produção primária à exportação, e assegurar a consistência das informações declaradas e a equivalência entre diferentes protocolos de sustentabilidade.
“Dessa forma, propõe-se reduzir a duplicidade de auditorias e os custos de transação, promovendo maior eficiência e confiabilidade nos processos de rastreabilidade”, explica Silvia.
O Cecafé reforça a importância das discussões setoriais como a promovida pela Embrapa, aproximando a pesquisa dos diferentes segmentos da cadeia produtiva.
“É muito importante que mais encontros sejam realizados para aprofundar os debates, permitindo o amadurecimento das propostas apresentadas e assegurando sua aderência às particularidades do fluxo comercial da cafeicultura brasileira”, conclui.
Por Ascom CECAFÉ
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