Por ser uma grande fonte de alimentos, as lavouras de milho se tornaram palcos de destruição para os porcos selvagens, também conhecidos como “porcos-do-mato”. Além deles e dos javalis e javaporcos, outra dor de cabeça para o produtor rural de Mato Grosso são os catetos (catitus) e os queixadas – espécies que têm grande poder de devastação.
Em busca de soluções por conta dos prejuízos causados nas lavouras, a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), tem recomendado que os agricultores utilizem o aplicativo TimeStamp Camera Basic, disponível para Android e IOS.
Vice-presidente da Aprosoja-MT, Lucas Costa Beber, explica que, através do aplicativo, os produtores podem realizar vídeos com o celular na horizontal. “Ele também ajuda no georreferenciamento dos ataques de porcos selvagens, informando a localização exata, data e anexando fotos e vídeos. Isso irá ajudar a montar um banco de dados para o Ministério do Meio Ambiente e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), façam o controle dessas pragas”.
Ataques de porcos selvagens vem aumentando
De acordo com o produtor de Querência, Nirto Luiz Fasolo Junior, os ataques vêm crescendo na região a cada safra. “Estamos preocupados com os prejuízos que o porco-do-mato vem causando em nossas propriedades, destruindo as lavouras de milho”, frisa Fasolo.
Já, na região norte do MT, especificamente no município de Sorriso, a presença indesejada desses animais selvagens também tem crescido. “Já está insustentável o aumento de porco-do-mato no estado e se continuar assim a perda será muito grande para essa safra”, aponta o produtor rural, Tiago Stefanello.
Uma medida que auxiliaria o controle e que a maioria dos produtores solicitam é que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), autorize o abate para controle de populacional dos catetos e queixadas. Somente em 2013 foi autorizado o abate de javalis e javaporcos sob autorização e supervisão do órgão. “A caça para consumo humano deveria ser liberada, respeitando as regras ambientais, ajudando a diminuir os ataques e minimizando os prejuízos”, ressalta o presidente do sindicato rural de Primavera do Leste, Marcos Bravin.
A Aprosoja Mato Grosso destaca ainda a importância de fazer o cadastro dos ataques através do aplicativo, para que possa ser analisada a região que tem maior incidência de problemas com os animais selvagens.
Veja aqui o Manual de Boas Práticas para controle de Javali, do IBAMA.
Fonte: Aprosoja/MT
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