A moagem de cana-de-açúcar no Centro-Sul cresceu 12,99% na segunda quinzena de junho em relação ao mesmo período da safra passada, para 48,8 milhões de toneladas, de acordo com dados da União das Indústrias de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica).
O aumento reflete o clima mais seco nesta safra 2024/25, que levou à antecipação do início da moagem em relação à safra anterior. A falta de chuvas também permitiu um aumento da concentração de sacarose, elevando a oferta de matéria-prima. O teor de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) na quinzena subiu 5,16%, para 139,96 quilos por tonelada de cana moída.
A produção de açúcar cresceu ainda mais, em 20,11%, para 3,25 milhões de toneladas, enquanto a produção total de etanol aumentou 18,5%, para 2,3 bilhões de litros.
O aumento mais relevante da produção de açúcar reflete o maior direcionamento da sacarose para a produção da commodity – do total, 49,89% foi para o açúcar na quinzena, acima dos 49,36% do mesmo período da safra passada.
No acumulado desde o início da safra, a produção de açúcar está 15,7% maior do que no mesmo período da temporada 2023/24, em 14,2 milhões de toneladas, e a fabricação de etanol está 13,52% mais elevada e somou 11,01 bilhões de litros.
“Até o momento, o crescimento da fabricação do adoçante atingiu 1,93 milhões de toneladas, sendo 1,63 milhões decorrente do avanço na moagem de cana-de-açúcar e apenas 300 mil toneladas associada à mudança no mix de produção das unidades produtoras”, explicou Luciano Rodrigues, diretor técnico da Unica, em nota.
Já a produção de etanol está contando com o reforço do processamento do milho. Na segunda quinzena de junho, 13% foi oriundo do processamento do cereal (299,58 milhões de litros). Desde o início da safra, o volume de etanol produzido a partir do milho representou 16,3% da produção.
Vendas de etanol
As vendas de etanol realizadas pelas usinas do Centro-Sul aumentaram 10,95% em junho em relação ao mesmo mês do ano passado, para 2,84 bilhões de litros, segundo a Unica.
A alta foi puxada pelo avanço das vendas do etanol hidratado (que compete com a gasolina) no mercado interno, que está mais competitiva do que o combustível fóssil. A comercialização do hidratado no país em junho cresceu 33,9%, para 1,77 bilhão de litros. Já as vendas de etanol anidro no mercado doméstico recuaram 10,1%, para 978,5 milhoes de litros, refletindo a menor competitividade da gasolina.
As vendas totais de etanol para o mercado externo, por sua vez, recuaram 39,4% em junho.
No acumulado da safra, a comercialização total de etanol pelas usinas do Centro-Sul subiram 22,13%, para 8,65 bilhões de litros.
Por Globo Rural
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