A semana passada foi agitada para sojicultores. O mercado interno apresentou um recuo dos preços das sacas de soja: segundo pesquisadores do Cepea, a pressão veio da desvalorização do dólar frente ao real e da redução da demanda interna – neste caso, muitas indústrias trabalham com a oleaginosa já contratada, enquanto outras unidades do Sul do país indicam importar a matéria-prima do Paraguai. Paralelamente, a demanda externa aquecida acabou limitando o movimento de queda dos preços no Brasil.
As inconstâncias do mercado também se refletiram na cotação dos preços da soja desta segunda, 03/05. Houve predominância de preços regionalizados, com preponderância de perdas e estagnação dos negócios. A queda na Bolsa de Chicago e do dólar afastou os negociadores e determinou a lentidão na comercialização.
Em Passo Fundo (RS), a saca de soja com 60 quilos subiu de R$ 174 para R$ 176. Na região das Missões, a cotação avançou de R$ 173 para R$ 175. No porto de Rio Grande, o preço passou de R$ 176 para R$ 177.
Em Cascavel, no Paraná, o preço recuou de R$ 174 para R$ 173 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca baixou de R$ 180 para R$ 179.
Em Rondonópolis (MT), a saca caiu de R$ 173 para R$ 170. Em Dourados (MS), a cotação passou de R$ 165 para R$ 163. Em Rio Verde (GO), a saca avançou de R$ 169 para R$ 170.
Sacas de soja em Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a segunda com preços mistos. As primeiras posições recuaram, pressionadas pelo fraco desempenho das inspeções de exportação dos Estados Unidos e por um movimento de realização de lucros.
Os contratos mais distantes se sustentaram acompanhando o óleo de soja e refletindo o cenário fundamental altista, combinando estoques apertados e boa demanda.
O mercado aguarda agora os dados de evolução do plantio nos Estados Unidos, que serão divulgados pelo USDA.
Os contratos da soja em grão com entrega em julho fecharam com baixa de 10,25 centavos de dólar por libra-peso ou 0,66% a US$ 15,24 por bushel. A posição agosto teve cotação de US$ 14,67 por bushel, com perda de 4,25 centavos ou 0,28%.
Nos subprodutos, a posição julho do farelo recuou US$ 11,00 ou 2,58% a US$ 415,10 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em julho fecharam a 62,06 centavos de dólar, ganho de 0,67 centavo ou 1,07%.
Dólar
O dólar comercial encerrou a sessão em queda de 0,18%, sendo negociado a R$ 5,4190 para venda e a R$ 5,4170 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,3740 e a máxima de R$ 5,4550.
Fonte: Cepea/CBOT
Crédito da foto: Divulgação/Canva
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