O Instituto Brasileiro de Equideocultura (IBEqui) se reuniu com o Instituto de Biotecnologia e Inovação do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em uma reunião realizada na semana passada na capital paulista para discutir a possibilidade de parcerias e acordos de cooperação técnica.
De acordo com Manuel Rossitto, presidente executivo do IBEqui, a iniciativa tem como objetivo o desenvolvimento de pesquisas voltadas aos interesses da Equideocultura. “Essas parcerias visam, especialmente, a produção de novas tecnologias providas de maior confiabilidade e precisão para o diagnóstico de zoonoses, assim como o desenvolvimento de vacinas que venham a evitar doenças transmissíveis por carrapatos”, detalhou Rossitto, que esteve acompanhado pelo presidente da Câmara Setorial de Equideocultura de São Paulo, César Vilela, e pelo gerente de Bem-Estar Animal da Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Quarto de Milha (ABQM), Rodrigo Bicalho.
IBEqui visita as novas instalações do Senai
Tendo como anfitriões, o coordenador Jorge Lepikson Neto e a pesquisadora Bruna Raphaela Viglione, o encontro ocorreu nas instalações do recém-inaugurado Centro Senai de Biotecnologia – Escola Senai dr. Celso Charuri. Além de Rossitto, César e Rodrigo, os representantes do Senai receberam para a reunião e visita o pesquisador da Embrapa Gado de Corte, dr. Renato Andreotti. Na ocasião, todos tiveram a oportunidade de conhecer a primeira unidade 100% vocacionada para a Biotecnologia do Senai.
Inaugurada no mês de novembro do ano passado, em uma planta edificada e concebida dentro dos preceitos modernos, a unidade do Senai abriga laboratórios com certificação de nível de biossegurança 2 (NB-2), podendo receber a NB-1, além de laboratórios de Genética e Biologia Molecular, Analítico e Downstream, de Bioprocessos, de Imunologia, Bioquímica, Microbiologia e de Células Animais. Todos os laboratórios providos de equipamentos modernos, totalizando R$ 70 milhões em investimentos, estando ainda prevista a chegada de novos equipamentos, na ordem de R$ 15 milhões.
O Instituto Senai de Inovação em Biotecnologia funciona em cooperação com universidades e institutos. Além disto, a parceria com o Massachusetts Institute of Technology (MIT) e os Institutos Fraunhoffer da Alemanha, também contribui com seu modelo de inovação, fundamentado em parcerias entre o setor empresarial, startups, universidades e centros de pesquisa. “Todo know-how acumulado durante tantos anos de pesquisa, potencializam a inovação no desenvolvimento de novas biotecnologias em prol da Equideocultura brasileira”, afirmou Jorge.
Kits de diagnósticos e vacina contra a piroplasmose
Para Renato Andreotti, da Embrapa, através das parcerias, a partir do “conhecimento do estado da arte” (cenário), será possível desenvolver kits de diagnósticos e vacina contra a piroplasmose. “A babesiose dos equinos, também conhecida como piroplasmose ou nutaliose, é uma doença transmitida no Brasil por carrapatos do gênero Anocentor nitens e do grupo Amblyomma cajennensis, e causada pelos protozoários Babesia caballi e Theileria equi”, explicou o pesquisador da Embrapa.
Fonte: Assessoria de imprensa IBEqui
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