A prévia de junho mostrou queda de preços ao produtor rural. Em ritmo de queda de preços, foi registrada deflação de 0,67% na segunda prévia do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de junho, após recuarem 0,05% na mesma leitura de maio, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV). No período, os preços industriais no atacado aceleraram de 0,55% para 0,56%.
Com os resultados, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M) arrefeceu de 0,38% na segunda prévia de maio para 0,21% no decêndio de junho, segundo a FGV. O IGP-M total acelerou de 0 39% para 0,55% no período.
Nas aberturas por estágios de processamento, todas as categorias do IPA-M desaceleraram. A inflação de bens finais arrefeceu de 0,65% na prévia de maio para 0,27% na leitura de junho, puxada pelo subgrupo de alimentos processados (0,84% para -0,66%). Os bens intermediários também moderaram o ritmo de alta, de 0,87% para 0,79%, puxados pelas matérias e componentes para a manufatura (1,05% para -0,30%).
Após registrar deflação de 0,37% no segundo decêndio de maio, o grupo de matérias-primas brutas recuou 0,45% nesta leitura, puxado pela soja em grão (1,63% para -1,37%), suínos (12,96% para -10,60%) e cana de açúcar (2,0% para 0,44%). Em contrapartida, ajudaram a conter a queda do grupo o minério de ferro (-2,39% para 0,46%), milho em grão (-3,97% para -1,17%) e trigo em grão (1,70% para 9,79%).
Principais setores responsáveis pela deflação
As principais pressões para baixo sobre o IPA-M na segunda prévia de junho partiram de bovinos (-2,78% para -3,44%), adubos ou fertilizantes (5,73% para -4,16%), farelo de soja (-7,50% para -4,88%) e mandioca (-7,87% para -7,20%), além da soja em grão.
Na outra ponta, puxaram o índice para cima o óleo diesel (0,45% para 5,51%), leite in natura (6,56% para 5,94%), automóveis para passageiros (0,02% para 3,26%) e laminados planos e tubulares de material plástico (3,25% para 5,59%), além do minério de ferro.
Queda foi influenciada pela redução no preço da gasolina
Calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o mais recente Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) registrou deflação em sete capitais do Brasil. Ou seja: o custo dos produtos caiu nessas cidades.
A FGV registrou os dados no dia 22 de julho. Segundo a instituição, o indicador fechou em -0,44% ao mês. Assim, houve a redução (deflação) dos preços.
Os dados que compõem o índice são coletados nas capitais: Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Salvador (BA). A análise de preços ocorre com a seguinte divisão: alimentação, habitação, vestuário, saúde e cuidados pessoais, educação, leitura e recreação, transportes e despesas diversas.
Rio de Janeiro teve a maior deflação (-0,95%). Salvador aparece na segunda posição (-0,71%). Na sequência estão: Belo Horizonte (-0,60%), Recife (-0,58%), São Paulo (-0,39%), Brasília (-0,235) e Porto Alegre (-0,05%).
Segundo o jornal Valor Econômico, o destaque da diminuição dos preços ficou com a gasolina: -8,61%. Além disso, a tarifa de eletricidade residencial também se sobressaiu — a redução chegou a -3,51%.
Nos últimos quatro levantamentos semanais da Agência Nacional do Petróleo, o valor médio cobrado pela gasolina ao consumidor final caiu em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal. Nesse intervalo, a queda chegou a 20%.
Fonte: FGV
Leia outras notícias no portal Mundo Agro Brasil