A agricultura regenerativa brasileira, reconhecida como parte da solução para o atingimento do Acordo de Paris na declaração da COP 28, em Dubai (EAU), assinada por líderes de mais de 150 países, é uma das grandes ações do país para adaptação e mitigação dos efeitos das mudanças climáticas. representada pela CropLife Brasil (CLB), a indústria que atua em pesquisa e desenvolvimento em germoplasma (mudas e sementes), biotecnologia, defensivos químicos e produtos biológicos, defende o sistema produtivo na 29ª Conferência das Partes das Nações Unidas em Baku, no Azerbaijão.
A COP 29 tem a missão de impulsionar a adoção de ações que limitem o aquecimento global à no máximo 1.5º C (Acordo de Paris), além da criação de uma nova arquitetura de financiamento climático. Dentro dessas temáticas, a CLB defende que, para reduzir significativamente as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e implementar medidas adaptativas e mitigatórias capazes de reduzir os impactos climáticos, é fundamental fomentar a inovação e o acesso a tecnologias, a adoção de práticas agrícolas eficientes e sustentáveis, além do estabelecimento de novos mecanismos financeiros que garantam acesso equitativo a recursos.
“Além do acesso a recursos adequados, o alcance a uma produção agrícola sustentável e resiliente dependerá de cooperação internacional, estímulo à inovação e ampliação do acesso a tecnologias a todos os países. Esses fatores são essenciais para garantir a oferta de alimentos com em quantidade e qualidade suficiente, diante do crescimento da população global”, pontuou o diretor-presidente da CropLife Brasil, Eduardo Leão.
Eduardo Leão, diretor-presidente da CropLife Brasil (CLB), associação que representa a indústria de defensivos químicos e biológicos, biotecnologia e germoplasma, defende a agricultura regenerativa na COP 29 (Foto: GIba Soares/CLB) |
Para promover essas discussões, a associação atuará em parceria com a CropLife International (CLI) e o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), em mesas de diálogos e painéis sobre temas como economia de baixo carbono, impacto de bioinsumos na mitigação de emissões, produção agrícola sustentável e crescente demanda por alimentos, biotecnologia e inovações agrícolas para implementação do Plano ABC+, o Plano de Adaptação e Baixa Emissão de Carbono do governo brasileiro para 2020-2030.
“O reconhecimento na Declaração de Dubai da agricultura regenerativa como medida de mitigação e adaptação tem mais força agora em Baku. Nossa meta é ampliar ainda mais o debate sobre o sistema na COP 30, em Belém, no Brasil. Temos a convicção que as soluções tecnológicas conectadas às práticas de regeneração da biodiversidade que a agropecuária tropical brasileira permite entregar são de fundamental importância para o país as metas ambiciosas precisa alcançar”, destacou Renata Meliga, gerente de comunicação e Clima da CLB.
Agricultura Regenerativa
O conjunto de práticas voltadas para a recuperação, manutenção e conservação da saúde do solo, visando, a partir disso, a produção de alimentos saudáveis e nutritivos são o entendemos sobre agricultura regenerativa defendido pela CropLife Brasil na COP 29. A entidade alerta que a diversidade de definições sobre o tema tem dificultado a ampla adoção dessa prática, a mensuração de resultados e o reconhecimento dos impactos positivos. As abordagens existentes geralmente se dividem em duas vertentes: resultados alcançados e práticas agrícolas sustentáveis. Apesar dessa indefinição, a CLB reforça os benefícios da agricultura regenerativa e as considera essenciais para as ações climáticas brasileiras e globais.
Posicionamento da CropLife Brasil sobre agricultura regenerativa
Sobre a CropLife Brasil
A CropLife Brasil (CLB) é uma associação que reúne empresas, especialistas e instituições que atuam na pesquisa e desenvolvimento de tecnologias em quatro áreas essenciais para a produção agrícola sustentável: defensivos químicos, bioinsumos, biotecnologia e germoplasma (mudas e sementes).
Por Crop Life Brasil
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