Concurso Completo de Equitação em Jogos Olímpicos

30 de julho de 2021

De 29 de julho a 6 de agosto, o time brasileiro do CEE estará competindo no Japão. Veja a programação e o histórico do esporte nas Olimpíadas
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Concurso Completo de Equitação em Jogos Olímpicos
O estreante em Jogos Olímpicos Rafael Losano com Fuloida G, dupla integrante do Time Brasil – Foto: Divulgação

A CBH, Confederação Brasileira de Hipismo divulgou um interessante histórico do Time Brasil do CEE nas Olimpíadas. O Concurso Completo de Equitação, considerado um triatlo equestre reunindo as modalidades adestramento, cross-country e salto, passou a fazer parte da programação olímpica nos Jogos de Estocolmo, na Suécia, em 1912, uma edição depois da estreia do Salto.

Passadas nove edições, o Brasil fez sua estreia na modalidade nos Jogos de Londres, em 1948, com time formado apenas por militares: os capitães Aécio Marrot Coelho/Guapo, Anísio Rocha/Sahib e Renyldo Ferreira/Índio. Completou o time o general Edgar Amaral, chefe de equipe, e o capitão Darcy Villaça como veterinário. Às vésperas da estreia foi feita uma improvisada troca dos cavalos: Guapo, montaria de Eloy Meneses – que competia no Salto – foi cedida para Aécio Marrote Coelho, enquanto Menezes montou Sabu, o cavalo reserva. A substituição foi acertada e Aécio/Guapo entrariam para a história da modalidade no país ao conquistar o 7º lugar, melhor resultado individual do Brasil até o momento.

Passaram-se 44 anos, e outras dez Olimpíadas, para o retorno de representantes brasileiros do CCE ao palco Olímpico nos Jogos de Barcelona, na Espanha, em 1992, com Serguei (Guega) Fofanoff montando Éden e Luciano Miranda Drubi com Xilena.

Nos Jogos de Atlanta, nos Estados Unidos, em 1996, o Brasil ficou em 13º lugar por equipe, voltando a integrar o time os conjuntos Guega Fofanoff/Éden e Luciano Miranda Drubi/Xilena que tiveram como companheiros de time Sidney de Souza/Avalon da Mata e André Giovanini/Al do Beto.

Nos Jogos de Sydney, Austrália, em 2000, o Brasil conquistou seu melhor resultado da modalidade em Olimpíadas até o momento: 6º lugar por equipe com time formado por Guega Fofanoff/Rose, Gustavo Pagoto/Amazonian, Luís Augusto (Guto Faria)/Hunefer e Vicente Araújo Neto/Tévere. O técnico foi Marcelo Tosi, cavaleiro que compete nos Jogos de Tóquio. Disputando o título individual estiveram Carlos Eduardo Paro/Feline e Roberto Carvalho de Macedo que montando Fricote sofreu uma queda.

Nos Jogos de Atenas, na Grécia, em 2004, o Brasil ficou em 11º lugar com o time só de estreantes formado pelos conjuntos: Raul Senna/Super Rocky, Rafael Gouveia Jr/EHK Mozart, Sérgio Marins/Vallee Rally, André Paro/Land Heir e Remo Tellini/Special Reserver com Paulo Eduardo Limongi/Planetarius JMen na reserva e como técnico o escocês Ian Starks, dono de quatro pratas olímpicas que treinou o time um mês antes da competição.

Nos Jogos de Pequim (Hong Kong), em 2008, o Brasil ficou em 10º lugar por equipe. André Paro/Land Heir voltou às pistas olímpicas ao lado do Ten.Cel. Jeferson Sgnaolin/Escudeiro do Rincão, Saulo Tristão/Totsie e Marcelo Tosi/Super Rocky. Tosi, técnico nos Jogos de Sydney e membro do time em Tóquio 2020 + 1, ficou em 22º lugar, Sgnaolin em 39º e André Paro em 47º. Saulo Tristão foi eliminado no cross-country e a égua Butterfly, montaria de Fabrício Salgado, foi vetada na inspeção veterinária antes da estreia.

Nos Jogos de Londres, Grã-Bretanha, em 2012, o Time Brasil se posicionou em 9º lugar. Na classificação geral o estreante Ruy Fonseca/Tom Bombadill Too ficou em 42º, Marcelo Tosi/Eleda All Black em 44º e Marcio Jorge Carvalho/Josephine em 46º. Guega Fofanoff/Barbara foi eliminado no cross-country.

Nos Jogos do Rio 2016, todos os brasileiros chegaram à prova final de Salto, feito alcançado apenas por mais três equipes. O Time Brasil ficou em 7º lugar e foi formado por Marcio Carvalho Jorge/Lissy Mac Wayer, Ruy Fonseca/Tom Bombadill Too, Carlos Eduardo Parro/Summon Up The Blood e Marcio Appel/Iberon Jmen. Na classificação geral, Parro ficou em 18º, Marcio Jorge ficou em 25º lugar e o estreante Marcio Appel em 39º. Ruy Fonseca foi eliminado devido a uma queda na prova de Salto.

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Marcelo Tosi e seu Genfly durante adaptação na arena Baji Koen – Foto: Divulgação

Time Brasil nos Jogos de Tóquio

Agora, Carlos Parro, Marcelo Tosi, Rafael Losano e Marcio Appel (reserva) estão a postos nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 + 1, no Japão.

Carlos Parro, Marcelo Tosi, ambos com vasta experiência olímpica, ao lado do estreante em Jogos Olímpicos Rafael Losano formam a equipe titular e o cavaleiro reserva (alternativo) é Marcio Appel, que disputou sua primeira Olimpíada na Rio 2016. As provas de adestramento e salto acontecem no Parque Equestre Baji Koen e o cross-country no Sea Forest Cross Country Course.

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Parro com Goliath em treino na arena Baji Koen, ao lado do veterinário Eduardo Limongi – Foto: Divulgação

Programação CEE nos Jogos de Tóquio

– Quinta-feira, 29 de julho

Concurso Completo de Equitação (CCE) 1ª inspeção veterinária

Fuso Japão – 9h30 – 11h30

Fuso BSB – 28/7 – 21h30 – 23h30

– Sexta-feira, 30 de julho

CCE – Adestramento Equipes e Individual Dia 1

Fuso Japão – Sessão 1 – 8h30 – 11h00 e Sessão 2 – 17h30 – 20h10

Fuso BSB – Sessão 1 – dia 29/7 – 20h30 – 23h00 – Sessão 2 – 30/7 – 5h30 – 8h10

(44 participantes)

– Sábado, 31 de julho

CCE – Adestramento Equipes e Individual Dia 2

Fuso Japão Sessão 3 – 8h30 – 11h00

Fuso BSB – 30/7 – 20h30 – 23h00

(21 participantes)

– Domingo, 1 de agosto

CCE Cross Country Equipes e Individual

Fuso Japão – 7h45 – 11h10

Fuso BSB – 31/7 – 19h45 – 23h10

(65 participantes)

– Segunda-feira, 2 de agosto

CCE Salto Final Equipes e Individual

Fuso Japão 17h00 – 19h35 e 20h45 – 21h45

Fuso BSB 5h00 – 7h35 e 8h45 – 9h30

Cerimônia de Premiação Equipes

Cerimônia de Premiação Individual

(25 participantes)

Fonte: CBH 
Foto: Créditos nas legendas

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