Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas debate umidade para classificação da soja

2 de setembro de 2024

Reunião foi realizada na quinta (29); comissão também tratou da atualização das discussões de classificação automática de soja
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Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas debate umidade para classificação da soja

A Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas se reuniu, na quinta (29), para discutir o teor de umidade para a classificação da soja e resultados dos custos de produção de grãos 2023/2024 do Projeto Campo Futuro.

O presidente da Comissão, André Dobashi, contextualizou os integrantes sobre o debate do teor de umidade do grão para classificação da soja e a aplicação de tabela de ágio e deságio. A comissão também tratou da atualização das discussões de classificação automática de soja.

O assessor técnico, Tiago Pereira, falou da importância do projeto Campo Futuro, que traz os custos de produção de grãos na safra 2023/2024. O consultor do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), Mauro Osaki, apresentou os custos de produção da soja, milho, arroz e feijão.

Segundo Osaki, os excessos de chuvas no plantio da região Sul e a seca no Centro-Oeste ocasionaram o replantio. Já a estiagem e a alta temperatura durante o desenvolvimento resultaram na quebra de safra e os produtores não conseguiram saldar o Custo Operacional Efetivo (COE).

“Se olharmos as culturas domésticas, arroz e feijão, observamos que tivemos margem positiva. O trigo e o milho apresentaram baixa rentabilidade, com praças que não conseguiram sequer saldar os custos operacionais. E para a soja, poucas praças pagaram o Custo Total, que engloba além dos custos diretos, a depreciação, mão de obra familiar e o custo de oportunidade. Estamos vindo de duas safras de compressão da nossa rentabilidade, sendo que a nossa próxima safra também será desafiadora”, destacou.

Ele destacou como alternativas para o milho, por exemplo, o investimento em sorgo na região Sul do Mato Grosso do Sul. “O milheto também está surgindo em algumas regiões, o gergelim, oleaginosas para biocombustível para o setor da aeronáutica, dentre outras. É preciso começar a criar alternativas para rotação de cultura para a próxima safra e mitigar os riscos”, explicou.

Pereira destacou que todos os dados consolidados serão apresentados no próximo sábado (31) no evento do projeto Campo Futuro que será realizado em Chapadão do Sul (MS).

Também estiveram presentes na reunião, representantes de federações estaduais do Sistema CNA/Senar.

Por Notícias Agrícolas

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