Ciência do mel é levada à Brasília

1 de dezembro de 2022

A.B.E.L.H.A. e Kombee levam a ciência do mel a Brasília até o dia 4 de dezembro
Compartilhe no WhatsApp
Ciência do mel é levada à Brasília
Objetivo de mobilizar a população, em especial os jovens, para atividades científico-tecnológicas – Foto: Divulgação

A A.B.E.L.H.A. e o Projeto Kombee levarão mel para Brasília (DF) na 19ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), realizada até o dia 4 de dezembro, no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade. O evento, coordenado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), tem o objetivo de mobilizar a população, em especial os jovens, para atividades científico-tecnológicas.

A A.B.E.L.H.A. e a Kombee vão montar um estande-laboratório para mostrar aos visitantes a ciência que existe por trás do principal produto das abelhas, o mel. Além das tradicionais caixas de abelha sem ferrão, degustação de mel dessas espécies e informações sobre polinização agrícola, o espaço vai abordar ainda a falsificação, a cristalização e aspectos medicinais do alimento.

Teste de iodo para o mel

Os monitores vão mostrar na prática como é feita a identificação de mel falsificado por meio de teste de iodo, que aponta a presença de amido, que é uma das técnicas de alteração do produto.

“Para o consumidor, a orientação que damos é que o jeito mais seguro de adquirir o produto é comprar de fornecedores confiáveis e que tenham o selo de fiscalização municipal, estadual ou federal”, explica Ana Lúcia Assad, diretora executiva da A.B.E.LH.A..

Ciencia do mel e levada a Brasilia1
Estande-laboratório – Foto: Divulgação

Mitos e verdades

O estande-laboratório também vai derrubar o mito que existe de que mel que cristaliza é falso. Na verdade, é o contrário: a cristalização é um processo natural que ocorre porque o mel é uma solução supersaturada de açúcar, que contêm mais açúcares do que pode permanecer em solução. Quando o produto perde umidade, a glicose passa por uma transformação e toma a forma de cristal.

O espaço A.B.E.L.H.A./Kombee também vai tratar dos aspectos medicinais do mel. O que há de verdade e o que ainda é especulação. “Vamos mostrar que o mel é um produto complexo. Já temos muito conhecimento sobre sua composição e alguns benefícios à saúde, mas ainda há muito a ser estudado e descoberto. Principalmente quando se trata das abelhas sem ferrão”, explica Cristiano Menezes, chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Meio Ambiente e sócio do Projeto Kombee.

Os visitantes vão saber mais sobre a enzima inibina, por exemplo, presente no produto. “Ela nada mais é que peróxido de hidrogênio, composto que produz água oxigenada. “A presença dessa enzima em contato com substância aquosa, libera oxigênio, que ajuda a eliminar bactérias. Por isso, nossa recomendação é que o mel não seja aquecido, para que a enzima não se degrade”, explica Menezes.

Fonte: A.B.E.LH.A.

Leia outras notícias no portal Mundo Agro Brasil

Relacionadas

Veja também

Professor Sérgio Parreiras Pereira destaca relevância da ciência no desenvolvimento do café brasileiro
Estado se destaca na produção da fruta mais exportada do país em 2024
Programa do Ibraoliva e da Secretaria de Inovação do Rio Grande do Sul avalia qualidade e origem de 31 amostras
Durante o XIII Fórum de Lisboa, Lucas Costa Beber destacou os prejuízos da moratória à segurança alimentar global e à economia brasileira