A presidente Silvia Massruhá representou a Embrapa na solenidade de abertura do Encontro Nacional do Agro e dos Adidos Agrícolas, no dia 25 de novembro, no hotel Royal Tulip Brasília Alvorada, na capital federal. O evento, promovido pela Apex Brasil e pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), reúne 40 adidos agrícolas até o dia 29 de novembro. Na ocasião, a presidente destacou a importância de estreitar o contato com esses profissionais, uma vez que eles têm um papel relevante na divulgação dos dados gerados pela pesquisa agropecuária brasileira em nível global, o que é muito importante para a consolidação da imagem mais positiva do agro, especialmente no que se refere à sustentabilidade.
Os dados e métricas gerados pela ciência brasileira comprovam o viés sustentável das práticas agrícolas no País. Uma informação recente, por exemplo, é que os sistemas ILPF estocam 30 kg de carbono por árvore em um ano, quantidade superior aos 20 kg resultantes da monocultura. Mas, segundo Massruhá, muitas vezes esses dados ficam restritos à comunidade científica. “O evento, que acontece todos os anos, é uma oportunidade de divulgar essas informações aos representantes diplomáticos, pois são eles que vão propagá-los pelo mundo”, observa a presidente, reforçando que evidências científicas são fundamentais para consolidar a imagem positiva da agricultura brasileira no exterior.
“Visitem as nossas Unidades de pesquisa em todos os biomas brasileiros”, foi o recado de Massruhá aos adidos agrícolas. A Embrapa é o braço técnico do Mapa e, na visão dela, o contato com esses profissionais é fundamental para amplificar os resultados de PD&I, além de representar mais uma fonte de demandas externas que podem gerar novas pesquisas.
Além disso, por sua atuação em diferentes localidades no exterior, os adidos têm também um papel relevante na estratégia de abertura de novos mercados para a produção nacional. Hoje, o Brasil está presente em 281 países, mas a expectativa é chegar a 300 em breve. Eventos como o G 20, a COP e o BRICS, no ano que vem, são muito importantes para a consecução desse objetivo.
COP 30 vai consolidar a chancela de sustentabilidade para o agro brasileiro
O agronegócio é essencial para o Brasil e estratégico para a segurança alimentar global, especialmente diante dos desafios impostos pelas mudanças climáticas. Nesse sentido, a presidente falou sobre a participação recente dela na COP 29, evento no qual teve a oportunidade de divulgar os resultados da ciência brasileira para vários países em diversos contextos, como, por exemplo, o de transparência climática para atrair investimentos sustentáveis, entre muitos outros. “Na COP 29 renovei minha certeza de que, na COP 30 no Brasil, teremos a chancela da sustentabilidade na nossa produção agrícola”, salientou.
De acordo com Massruhá, o Brasil tem grandes desafios e, para isso, são necessários mais financiamento em longo prazo para projetos de pesquisa e inovação. “A divulgação do nosso trabalho é fundamental para conquistarmos mais apoio dentro e fora do País”, enfatizou.
A Embrapa sempre valorizou as parcerias internacionais como instrumentos para aumentar a confiança dos outros países na agropecuária nacional.
Metas amplas e adaptadas às realidades locais
Para alinhar as políticas regionais aos acordos climáticos globais, a Embrapa enfatiza a adaptação de metas amplas e customizadas às realidades locais a partir de estratégias baseadas em evidências científicas. Nesse contexto, destaca-se como um dos esforços-chave a promoção de sistemas que integram lavoura, pecuária e floresta (ILPF), que ocupam atualmente 29% do território brasileiro.
“Sob a liderança do Mapa, a Embrapa espera contribuir com tecnologias e inovação para recuperar 40 milhões de hectares de áreas de pastagens degradadas”, concluiu a presidente.
Painel discute produtos da floresta amazônica |
Por Embrapa
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