O Programa Carne Angus Certificada vai começar a produzir cortes de carne premium provenientes do cruzamento do Angus com matrizes leiteiras, das raças Holandês e Jersey.
O modelo de produção traz para o Brasil uma tendência mundial de cruzamento com grande sucesso nos Estados Unidos. É o chamado Beef on Dairy, expressão usada pelos norte-americanos para descrever a prática de cruzar vacas leiteiras com touros de raças de corte.
“O resultado é uma carne de qualidade, com ótimo marmoreio, muito utilizada para atender as exportações norte-americanas de carne premium”, explica, em nota, Ana Doralina, gerente do Programa Carne Angus Certificada.
De acordo com a associação, os primeiros cortes deste cruzamento estão sendo conduzidos pela Cooperativa CooperAliança, em Guarapuava (PR), frigorífico parceiro do Programa Carne Angus Certificada e reconhecido pela excelência na produção de carne premium.
“Este ano começamos a receber este tipo de animal para abate e tivemos uma grata surpresa. Os animais fruto do acasalamento com o touro Angus, manejados intensivamente desde o nascimento, produzem carne de extrema qualidade, com bom formato e rendimento de cortes e muito marmoreio”, disse o Gerente de Fomento CooperAliança, Robson Ueno, em nota.
A ABA ressalta que os padrões de qualidade utilizados hoje para classificar uma carne Angus certificada continuarão os mesmos, inclusive para os animais de cruzamento. “Estamos apenas qualificando esses animais, mas as exigências de padrão de carcaça, por exemplo, são iguais e muito criteriosas”, explica Doralina.
Além de impulsionar o volume de produção de carne premium dentro do programa, a executiva destaca que o modelo traz benefícios significativos aos criadores. “Para os produtores de Angus, abre um mercado importante para a venda de sêmen de touros da raça. Já para os criadores de Holandês e Jersey, oferece uma oportunidade de diversificação do negócio, trazendo novas fontes de renda em um cenário de margens tão estreitas na comercialização do leite”.
Fonte: Ascom ABA
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