A pesquisa “Caminhos da Tecnologia no Agronegócio”, coordenada pela SAE Brasil e liderada pela KPMG entre 2023 e 2024, produtores rurais, cooperativas, indústria de máquinas, equipamentos de tecnologia e prestadores de serviços salientam que a adoção de novas tecnologias proporciona maior produtividade, ganhos de performance e redução nos custos. Além disso, o estudo indicou que a conectividade no campo, que antes era uma novidade, agora se tornou uma tendência emergente.
De acordo com Ricardo Fernandes, diretor de operações da Skyone, empresa de serviços de TI, um dos gargalos do setor era a conectividade, barreira que está sendo quebrada com a chegada do 5G e outras soluções de rede. Ele, que também é um produtor agro autônomo, explica que os avanços tecnológicos podem ser uma experiência real em fazendas em todo o País. “Atualmente, é possível programar um drone para ter uma dosagem específica. Pode-se ter internet em um trator. Além disso, tarefas então consideradas mais intuitivas, como análise da terra, colheita e armazenamento, podem ser feitas de maneira conectada e com automação”, acrescenta.
De fato, a tecnologia traz uma eficácia muito alta para o agricultor, isto é, um fazendeiro pode estar em São Paulo e, ao mesmo tempo, ficar a par do que acontece em uma propriedade no Mato Grosso. Alguns avanços, amparados por recursos tech, já são uma realidade há algum tempo, como as estações meteorológicas que operam na previsão e na precisão climática para otimizar plantações e colheitas.
Integração do agro com a tecnologia
Segundo Fernandes, a principal integração entre agro e TI é por meio de dados. “A conectividade do campo, somada à Internet das Coisas (IoT) e à assertividade dos dados são uma receita para o sucesso. Quando digo isso, refiro-me a uma boa gestão das informações existentes em uma fazenda, que vai do controle do plantio, passando pela colheita e pelo manejo, e indo ao ensacamento ou à venda direta. Todas essas etapas devem ser bem registradas e esses dados precisam ser armazenados para, posteriormente, serem usados a favor do fazendeiro”, ressalta.
O diretor de operações comenta que a internet das coisas deve se tornar uma realidade em fazendas brasileiras muito em breve, ainda mais com os avanços na agenda da inteligência artificial. “O agronegócio depende diretamente de inúmeros fatores, como clima, contexto sociopolítico internacional, economia global, mercado de commodities, variação cambial, contexto sanitário mundial, entre outros. É aqui que entraria o tripé de conectividade, IoT e gestão de dados, altamente capaz de amparar no manejo dos negócios de maneira ágil e eficiente”, complementa. “O agronegócio nacional está cada vez mais conectado e integrado”, adianta o gestor, desmistificando o pensamento de que as fazendas continuam operando de maneira offline.
Por Ip News
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