Seguro cobrirá perda de pasto causada por eventos climáticos

19 de abril de 2021

A ‘Pastagem Protegida – Índice’ terá como base o monitoramento por satélite para poder dar suporte ao produtor
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Seguradoras e resseguradoras brasileiras e estrangeiras criaram um modelo inédito de seguro “de índice”, que cobrirá perdas de pastagens causadas por eventos climáticos, principalmente no período de seca. A novidade, que foi lançada no início deste mês de abril, contempla a utilização da tecnologia de monitoramento por satélite.

O seguro de índice também conhecido como “paramétrico”, e baseia-se em históricos de eventos naturais para calcular a probabilidades de ocorrência ou não de problemas climáticos em uma área determinada. Caso esse índice seja alcançado, a cobertura pode ser acionada. Segundo as empresas envolvidas, esse é o primeiro seguro paramétrico de pastagens do país e também o primeiro para a agropecuária em geral que utiliza imagens de satélites de passagem.

Pastagem Protegida – Índice

Batizada de “Pastagem Protegida – Índice”, a ferramenta foi elaborada pelas resseguradoras Scor e IRB Brasil e pela seguradora Essor. As operações de campo serão gerenciadas pela AgroBrasil, braço agrícola da Essor no país.

O modelo tem por base o Índice de Produção de Pastagem da Airbus Defesa e Espaço (GPI). A ferramenta combina tecnologia de detecção remota com informações sobre o clima para monitorar regularmente áreas de pecuária e estimar perdas de produção causadas por eventos climáticos.

A cobertura

Com base nessas informações, a AgroBrasil indenizará os pecuaristas que tiverem prejuízos nas pastagens. Os produtores poderão usar o dinheiro do seguro para comprar forragem para alimentar o gado, além de permitir aos pecuaristas aumentar a produção por hectare sem precisar de terra adicional para pasto.

A vice-presidente executiva de Resseguros do IRB Brasil, Isabel Blazquez Solano, disse em nota que, com o produto, a indústria do seguro consegue transferir ganhos potenciais de forma efetiva aos pecuaristas por meio da transformação digital no agronegócio.

O mapeamento

As empresas mapearam áreas com pecuária extensiva e mais variações climáticas, como as regiões Centro-Oeste e Sul, Triângulo Mineiro, interior de São Paulo e localidades na Bahia. Laura Neves explica que o satélite consegue definir índices para pequenos perímetros de terra, o que permite uma análise detalhada da produção tanto de grandes áreas de pecuária extensiva quanto de núcleos de atividade familiar. A ferramenta “Pastagem Protegida – Índice” poderá ser acessada via plataforma online fornecida pelas empresas.

Fonte: via assessoria, apoio Valor Econômico

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