Uso de coprodutos na alimentação de bovinos confinados cresce 

29 de maio de 2024

O aumento do uso de coprodutos representa uma solução sustentável para a destinação de resíduos
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Uso de coprodutos na alimentação de bovinos confinados cresce

O aumento no uso de coprodutos na dieta de bovinos confinados representa uma solução sustentável para a destinação de resíduos da produção agroindustrial. Com isso, uma economia circular é gerada ao incorporar esses resíduos na alimentação dos animais, reduzindo o desperdício e a pressão sobre os recursos naturais.

De acordo com um estudo realizado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Jaboticabal, entre o final de 2023 e início de 2024, o percentual dos nutricionista que usam algum tipo de coproduto na dieta do gado aumentou de 79,7% em 2009 para 92,7% em 2023.

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“Se esses ruminantes não consumissem esses coprodutos, isso poderia se tornar um problema ambiental”, frisou Danilo Millen (Foto: divulgação)

“Se esses ruminantes não consumissem esses coprodutos, isso poderia se tornar um problema ambiental, de ter que ser reciclado ou processado de alguma forma no meio ambiente”, explicou o zootecnista e PhD em Nutrição de Ruminantes, Danilo Millen.

Considerados uma alternativa econômica e de alta qualidade protéica na dieta de bovinos, entre os mais utilizados atualmente estão os seguintes: polpa cítrica (26,4%), caroço de algodão (17,6%), torta de algodão (17,6%), casca de soja (8,8%), e os DDGs (20,5%), grãos secos de destilaria que são coprodutos da indústria de etanol de milho.

“Nós sabemos que hoje em dia temos vários projetos de produção de etanol, não apenas com cana-de-açúcar, mas com uso de milho, e o DDG sai dessa indústria e o gado consome. Aumentou muito o uso desse coproduto, não na mesma proporção que o milho, mas em uma proporção significativa na dieta”, avaliou o pesquisador.

Ainda de acordo com os dados da pesquisa, o DDG que vem da produção de etanol com uso de milho, é o segundo coproduto que mais cresceu em utilização na dieta do gado, ultrapassando o caroço de algodão, resíduo que sobra depois do processamento da pluma.

“Eles são extremamente degradados e aproveitados pelo animal, não só o bovino de corte, mas o de leite também, para transformar em produtos que a gente consome como carne e leite”, pontuou Danilo.

Por Feed & Food

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