São Paulo é líder nacional em startups voltadas ao agro 

13 de março de 2025

Governo do Estado investiu R$ 13,5 milhões em programa exclusivo para startups paulistas, que oferece capacitações, mentorias e uma conexão direta com o mercado
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São Paulo é líder nacional em startups voltadas ao agro
Foto: Divulgação

São Paulo possui a maior concentração nacional de startups voltadas para o setor do agronegócio, também conhecidas como as agtechs. De acordo os últimos dados levantados pela Radar Agtech Brasil, em conjunto com a Embrapa, SP Ventures e Homo Ludens, foram registradas 845 empresas tecnológicas instaladas no estado, com uma participação de 43,2% do total existente no país.

As demais unidades estão localizadas, principalmente, nas regiões Sul e Sudeste, com Rio Grande do Sul (9,9%); Paraná (9,3%); Minas Gerais (8,6%) e Santa Catarina (6,8%), respectivamente. Enquanto no cenário paulista, o município com mais empreendimentos é a cidade de São Paulo, acompanhada de Piracicaba, Ribeirão Preto e Campinas.

Essas agtechs desenvolvem soluções tecnológicas para o agronegócio, que vão desde soluções de softwares de monitoramento, aplicabilidade de ferramentas de automação, inteligência artificial (IA), por exemplo, além de novos modelos de negócios baseados em comercialização, logística e mercado financeiro, entre outros.

Através de uma gestão inovadora com políticas públicas em prol do desenvolvimento sustentável do agro, o Governo de São Paulo, por meio da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA), possui um programa exclusivo para startups, que oferece capacitações, mentorias e uma conexão direta com o mercado, o AptaHub. Um trabalho em conjunto com a Cietec e coexecução de Wylinka e ImpactHub, com um investimento total de R$13,5 milhões. Com foco no território paulista, em seus primeiros dois anos já atenderam startups de todas as regiões do país.

“A parceria com a iniciativa privada é muito importante e precisamos expandir ainda mais o programa, inaugurando novas unidades em outras regiões do Estado, trazendo mais força e vitalidade para o agro paulista. “A Apta é muito rica, com institutos de pesquisa científica centenários, que desenvolveram o agronegócio brasileiro com transferência de tecnologias e inovações para agricultura e pecuária. Isso começa em ambientes como este”, disse o secretário de Agricultura, Guilherme Piai.

No momento, são sete espaços para o desenvolvimento de startups com foco no agro, em São Paulo, Ribeirão Preto, Campinas e Santos. Cada um desses ambientes foi projetado para impulsionar a transformação do setor agroalimentar, oferecendo áreas de trabalho colaborativo, espaços para eventos e soluções criativas para fomentar a inovação.

“O programa é uma iniciativa essencial para conectar startups, pesquisadores e grandes empresas, acelerando o desenvolvimento de novas tecnologias sustentáveis. A aproximação com os institutos de pesquisa do AptaHub traz credibilidade e conhecimento técnico, além de abrir oportunidades para parcerias estratégicas que podem transformar a inovação no setor agroindustrial”, destacou a sócia fundadora daNatureza, Patrícia Ponce.

A daNatureza Produtos Biodegradáveis é uma das startups que estão incorporadas na estrutura da AptaHub, na incubadora Cietec em São Paulo. A agtech oferece soluções sustentáveis que reduzem a poluição plástica e promovem a economia circular. A empresa transforma resíduos como folhas, galhos, cascas de café, caroço do açaí, entre outros, em vasos biodegradáveis e compostáveis, que podem ser plantados diretamente no solo, substituindo os tradicionais de plástico.

Para Patrícia Ponce, o surgimento do empreendimento foi pelo fato de ver grandes quantidades de resíduos, sendo descartados sem o aproveitamento. “Como química, sempre acreditei que esses materiais poderiam ter um destino mais sustentável. Hoje, desenvolvemos também caixas para cosméticos sólidos e tubetes de plantio, feitos principalmente com resíduos verdes das podas de árvores das cidades e de empresas de reflorestamento e silvicultura.

O AptaHub conecta empreendedores, startups, pesquisadores e empresas aos sete institutos da Apta – Instituto Agronômico (IAC), Instituto Biológico (IB), Instituto de Economia Agrícola (IEA), Instituto de Pesca (IP), Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), Instituto de Zootecnia (IZ) e Apta Regional. “O programa abre a possibilidade de levar o conhecimento e as inovações desenvolvidas pelos institutos da Apta de forma mais consistente para a sociedade. Nosso trabalho é gerar tecnologia, por meio da união de diversos atores, de pesquisadores a investidores. Conseguimos, assim, diminuir o tempo para o desenvolvimento de um produto ou serviço que aumente a competitividade de nosso agronegócio”, afirma o líder de Inovação da Apta, Sérgio Tutui.

Por Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo

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