Os produtores rurais de Minas Gerais estão demandando mais crédito na safra 2023/24. Conforme dados da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), somente nos primeiros oito meses da safra, os desembolsos cresceram 13%. Ao todo, já foram liberados R$ 38,81 bilhões, ante os R$ 34,22 bilhões registrados em igual intervalo da safra passada.
Com o montante, Minas Gerais recebeu 13% do total de crédito liberado para o País, que chegou a R$ 291,52 bilhões entre julho de 2023 e fevereiro de 2024, valor que cresceu 16%. Assim como nos meses anteriores, entre as linhas disponíveis no crédito rural, a mais demandada foi a de custeio, que encerrou os primeiros oito meses da safra com alta de 11% e desembolso de R$ 22,81 bilhões em crédito para Minas Gerais.
Conforme a Seapa, entre julho de 2023 e fevereiro de 2024, foram aprovados 185.367 contratos para Minas Gerais, volume 10% maior que o registrado no mesmo período da safra passada.
Para a agricultura mineira, foi desembolsado um total de R$ 27,13 bilhões em crédito nos primeiros oito meses da safra atual, aumento de 14% frente aos R$ 23,87 bilhões registrados entre julho de 2022 e fevereiro de 2023. O número de contratos aprovados somou 93.123, ficando, então, 8% superior ao registrado anteriormente.
Para a pecuária, os desembolsos do crédito rural já somam R$ 11,68 bilhões e estão 13% maiores. A aprovação de contratos aumentou 12%, somando, assim, 92.239 liberações.
Crédito para custeio é o mais demandado em Minas Gerais
Dentre as linhas do crédito rural, a maior demanda é pelos recursos da linha de custeio. Os desembolsos para o Estado já somam R$ 22,81 bilhões e estão 11% maiores que os R$ 20,51 bilhões registrados em igual período do ano safra anterior. Ao todo, foram aprovados 89.521 contratos, aumento de 7%.
No caso da agricultura, a demanda pelos recursos da linha de custeio aumentou 10%, chegando, então, a um desembolso de R$ 14,65 bilhões. No período, a aprovação de contratos, 51.348, cresceu 9%.
Somente em fevereiro, a cultura que demandou maior volume de crédito foi o café, com um total de R$ 209,4 milhões, no mesmo mês do ano anterior, a demanda da cultura era de R$ 184,48 milhões.
Em segundo lugar, o produto que mais demandou recursos da linha de custeio foi a soja, com R$ 147,66 milhões, seguido pelo milho, R$ 70,33 milhões, alho, com R$ 54,48 milhões, e cana-de-açúcar, R$ 20,63 milhões.
Na pecuária, houve aumento de 13% na busca pelos créditos da linha de custeio. Nos primeiros oito meses da safra 2023/24, o setor foi responsável pela tomada de R$ 8,16 bilhões em recursos para custeio da produção. Foram aprovados 38.173 contratos, volume 4% maior.
No oitavo mês do ano safra, a maior demanda veio da produção de bovinos, cujos desembolsos somaram R$ 521,2 milhões. Para suínos as liberações somaram R$ 32,08 milhões. A avicultura ficou com R$ 14,98 milhões.
Demanda para produtores pelas linhas de investimento e comercialização também cresce
Assim como visto na linha de custeio, a demanda dos produtores mineiros pelo crédito da linha de investimento e comercialização também ficou maior. No caso da linha de investimento, o desembolso cresceu 4% no Estado, chegando, então, a um valor de R$ 8,22 bilhões.
Do total de crédito liberado, R$ 5,31 bilhões foram para investimentos na agricultura, valor 1% menor. Nos primeiros oito meses da safra a aprovação de contratos, 38.264, subiu 4%.
No mesmo período, a pecuária demandou R$ 2,92 bilhões de crédito da linha de investimento. Assim, a demanda ficou 15% maior que os R$ 2,54 milhões liberados nos primeiros oito meses da safra 2022/23. A aprovação de contratos chegou a 53.837, variação positiva de 18%.
Conforme a Seapa, a linha de comercialização também registrou alta na demanda. Nos oito primeiros meses do ano safra , foram desembolsados R$ 5,62 bilhões em crédito para Minas Gerais. O valor subiu 38%.
A alta expressiva veio da demanda firme da agricultura. No intervalo, o setor demandou R$ 5,46 bilhões da linha, aumento de 40%. O número de contratos ficou 61% superior, somando, então, 3.374 unidades aprovadas.
No mesmo período, os recursos voltados para a comercialização dos produtos pecuários foi de R$ 160 milhões, queda de apenas 8%. A aprovação de contratos para o setor caiu 15%, ensinando o período com 181 unidades.
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