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As potencialidades da fruticultura brasileira

27 de novembro de 2021

: Na manhã de 24 de novembro, o presidente da Abrafrutas, Guilherme Coelho, participou virtualmente da “Rodada de Negócios UE-Brasil”.
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As potencialidades da fruticultura brasileira

O encontro foi promovido pela Low Carbon Business Action para empresários brasileiros e europeus e o presidente da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) foi convidado a tratar o tema “A Fruticultura Brasileira: Avanços e Desafios”.

Durante a sua apresentação, Guilherme Coelho pontuou sobre os avanços alcançados pelo Brasil na área. Hoje, o país é o 3º maior produtor de frutas do mundo e cultiva em torno de 2,5 milhões de hectares.

“O impacto social da fruticultura é gigantesco. O setor gera mais de 5 milhões de empregos e ainda é o mais inclusivo do agronegócio, já que a maioria dessas vagas é destinada às mulheres”, comentou.

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O presidente da Abrafrutas, Guilherme Coelho, participou virtualmente da “Rodada de Negócios UE-Brasil”.

O presidente pontou desafios e aspetos nos quais o setor tem priorizado como abertura de novos mercados, inserção de tecnologia de produção de baixo carbono estimulo ao consumo de frutas, mapeamento da fruticultura brasileira, monitoramento da mosca-das-frutas e etc.

A “Rodada de Negócios UE-Brasil” promoverá encontros online, entre os dias 24 e 25 de novembro, B2B (Business-to-business, expressão inglesa que denomina o comércio estabelecido entre empresas) com fornecedores europeus.

Demanda por frutas nos Emirados

Encontro Palestra
Encontro com palestras na Câmara Árabe

Representantes de 10 empresas brasileiras do setor de frutas estão em missão comercial ao Oriente Médio para conhecer as particularidades do mercado local. Viagem é promovida por Abrafrutas e Apex-Brasil, com apoio da Câmara Árabe.

A delegação brasileira do setor de frutas que se encontra em missão comercial aos Emirados Árabes Unidos nesta semana está percebendo a expressiva demanda que há no país pelo produto.

“Embora o mercado seja bastante segmentado, de acordo com o nível de renda socioeconômica da população, parece que todos gostam das frutas tropicais que o Brasil produz”, disse para a ANBA o gerente de projetos da Abrafrutas, Jorge de Souza, que está nos Emirados.

Encontro no escritório da Câmara Árabe

As atividades da missão começaram em 22 de novembro e seguem até sábado (27). A Abrafrutas promove a iniciativa Apex-Brasil, como parte do projeto de internacionalização do segmento, o Frutas do Brasil, e com apoio da Câmara de Comércio Árabe Brasileira. Depois de dois dias de atividades, Souza afirma que há mercado. “Tem demanda”, diz.

A viagem tem por objetivo buscar novos mercados para as frutas brasileiras no exterior e diminuir a dependência das exportações para locais como União Europeia, Reino Unido e Estados Unidos.

“Esses três destinos representam mais de 75% das nossas exportações, então desenvolver novos mercados é fundamental para o setor porque essa concentração oferece um grande risco mercadológico”, afirma Jorge de Souza.

O Oriente Médio foi escolhido por ter um clima favorável ao consumo das frutas e por ter baixa participação na exportação brasileira, cerca de 2%.

“O objetivo é nos aproximarmos dos importadores, entendermos melhor as relações competitivas, quem são os nossos principais concorrentes, buscar soluções logísticas que diminuam custos, e, acima de tudo, entender o que o cliente do mundo árabe quer em termos de qualidade, tamanho de fruta, sabor, que variedades ele prefere”, diz o gerente.

Empresários visitaram a Expo 2020

Empresarios Dubai
Delegação brasileira de empresários

As atividades da missão foram abertas com um encontro no escritório da Câmara Árabe em Dubai, no qual os brasileiros puderam ter contato com compradores de redes de supermercados, empresas de processamento e reexportação de frutas, companhias aéreas que fazem o transporte do produto e outros players, como a Tradeling, empresa de comércio digital B2B, e o escritório de advocacia Baker McKenzie, ambos dos Emirados.

Os brasileiros ouviram uma explanação sobre os mercados árabe, do Golfo e Emirados, a certificação halal, entre outros temas.

O diretor do escritório da Câmara Árabe em Dubai, Rafael Solimeo, disse que os compradores árabes elogiaram as frutas brasileiras, principalmente por suas cores, sabores e competitividade, mas disseram que logística dificulta um pouco as importações.

Segundo Solimeo, esse tema já vem sendo trabalhado e será aprofundado para facilitar a exportação das frutas brasileiras ao Oriente Médio e especificamente, aos Emirados Árabes Unidos.

Atividades nos Emirados

Representantes de dez empresas brasileiras de frutas participam da viagem. O grupo também já visitou o pavilhão do Brasil e de países árabes na Expo 2020 Dubai, como dos Emirados, Bahrein, Marrocos, Egito e Arábia Saudita, para entender melhor a cultura e o funcionamento de cada país e estabelecer relacionamentos.

A Expo é uma exposição universal que ocorre por seis meses nos Emirados. Houve visita ao mercado de produtos frescos local de Dubai e à Zona Franca do Aeroporto de Dubai (Dafza). Boa parte das frutas são exportadas mundo afora por via aérea.

Atividades para conhecer o mercado local

Feira mercado de frutas
Oportunidade foi muito valiosa de conhecer o mercado árabe

“As visitas técnicas estão ótimas”, afirmou Souza, destacando que os temas tratados nelas são extremamente relevantes para que as empresas possam fazer um bom diagnóstico da região e entender que ações devem implementar para vender mais a esse mercado.

Nesta quarta-feira (24), o grupo foi para o emirado de Abu Dhabi, onde conheceu pontos de venda locais, com o apoio do Setor de Promoção Comercial da Embaixada do Brasil em Abu Dhabi, e foi recebido na Union Coop, cooperativa de supermercados.

O gerente de Projetos da Abrafrutas afirma que o objetivo maior da missão aos Emirados Árabes Unidos não é realizar vendas, mas há possibilidade de que elas sejam feitas.

“Os contatos estão acontecendo e é bem possível que até o final da missão, até o próximo sábado, a gente consiga inclusive vender, tirar pedidos aqui em função desses contatos que a Câmara Árabe está nos propiciando”, disse.

Fontes: ANB/Abrafrutas

Crédito: Divulgação Abrafrutas

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