Patos de Minas: o pulmão da produção leiteira no Brasil

Patos de Minas, localizada na bacia leiteira do Alto Paranaíba e Noroeste de Minas, é uma das joias do agronegócio brasileiro. A produção leiteira não só alimenta a economia local, mas também gera emprego e promove o desenvolvimento social na região. Como terceiro maior produtor de leite do país, Patos de Minas tem um papel crucial na cadeia produtiva do leite, captando cerca de 3 milhões de litros de leite diariamente.

A cadeia produtiva do leite é um dos pilares econômicos do município do Alto Paranaíba. A produção leiteira representa uma parte significativa do Produto Interno Bruto (PIB) municipal, com impactos diretos na geração de empregos e renda.

Os principais atores desta cadeia produtiva incluem:

• Produtores rurais: Responsáveis pela criação e manejo dos rebanhos.
• Cooperativas: Como a Coopatos, que facilita a comercialização e distribuição do leite.
• Indústrias de laticínios: Que processam o leite em uma variedade de produtos.
• Consumidores: Que demandam produtos lácteos de alta qualidade.

O gerente regional do Sebrae Noroeste e Alto Paranaíba, Marcos Geraldo Alves da Silva, conta que os cinco maiores produtores de leite de Minas Gerais se concentram nesta região, da mesma forma que eles performam entre os 10 produtores leiteiros do país. Essa terra fértil no ramo é diretamente ligada na criação de empregos.

Marcos Geraldo Alves da Silva, Gerente regional do Sebrae Noroeste e Alto Paranaíba — Foto: Cogumelo Filmes

“Para cada 1 emprego gerado no campo em Patos de Minas, são 3 empregos que são gerados ao longo da cadeia como comércio, serviços e agroindústrias vinculados diretamente ao setor lácteo. Ou seja, a atividade leiteira no ponto de vista de desenvolvimento regional é fundamental para nós”, ressaltou Marcos.

3 motivos que levam o desenvolvimento na cadeia leiteira:

1. Infraestrutura
   A infraestrutura é um elemento vital para o escoamento eficiente da produção leiteira. Patos de Minas tem investido em estradas, energia elétrica e telecomunicações para garantir que o leite chegue ao mercado com rapidez e segurança. A melhoria contínua da infraestrutura local é essencial para sustentar a competitividade da região.
2. Tecnologia
   O uso de tecnologia avançada na produção e processamento do leite tem revolucionado a cadeia produtiva. Sistemas de ordenha automatizada, monitoramento de saúde animal e técnicas de melhoramento genético têm aumentado significativamente a produtividade e a qualidade do leite. As indústrias de laticínios locais utilizam tecnologias modernas para assegurar produtos de alta qualidade.
3. Educação e capacitação
   Capacitar produtores e trabalhadores é crucial para manter a competitividade da produção leiteira. Programas de treinamento técnico têm sido fundamentais para equipar os produtores com as habilidades necessárias para enfrentar os desafios do mercado moderno.

O presidente da Coopatos, José Francelino Dias, explica que para alavancar o desenvolvimento é muito importante a troca de conhecimento na área. A Coopatos é uma cooperativa que há 67 anos atua a favor do desenvolvimento da atividade leiteira e de 24 a 26 de julho realiza em Patos de Minas o Milk Show, um evento para trazer soluções e tecnologias para todos os elos da cadeia produtiva do leite da região central do Brasil, impulsionando a inovação, a eficiência e a competitividade do setor.

“A atividade leiteira está presente em 98% de todos os municípios do Brasil, e aqui na nossa região também sabemos da importância do seu papel já que ela está presente praticamente em todos os lares. Na Coopatos, nós temos cerca de 85% dos cooperados que são pequenos produtores rurais, então é uma atividade que envolve muita família e trazer soluções que melhorem a qualidade de vida desse público é sempre muito importante”, concluiu José Francelino.

José Francelino Dias, presidente da Coopatos — Foto: Cogumelo Filmes

Por G1

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