Mocidade Independente de Padre Miguel desfila com clones de cajueiros no Rio de Janeiro

14 de fevereiro de 2024

Escola de samba traz enredo que celebra a brasilidade do caju e a tecnologia da cajucultura, promovendo inovação e tradição durante o carnaval carioca.
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Mocidade Independente de Padre Miguel desfila com clones de cajueiros no Rio de Janeiro

Por ser fruta nativa brasileira, o caju foi escolhido como enredo da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel para o carnaval deste ano, no Rio de Janeiro. “Fruta brasileira não é banana, não é maçã. É caju!”, disse à Agência Brasil o chefe-geral da Embrapa Agroindústria Tropical, Gustavo Saavedra. Não só a história e a tradição dessa fruta estarão no desfile, como também inovações da ciência brasileira. Clones de mudas de cajueiros, algo que parece ficção científica, vão cruzar a avenida com os foliões.

O enredo, intitulado “Pede caju que dou… Pé de caju que dá”, assinado pelo ator e humorista Marcelo Adnet e por Paulinho Mocidade, entre outros compositores, promete trazer à Marquês de Sapucaí toda a essência e o potencial da cajucultura nacional. Desde julho, a Embrapa Agroindústria Tropical vem colaborando com a escola, fornecendo informações técnicas que permearam não apenas o samba-enredo, mas também a construção dos carros alegóricos.

Na reta final, um cajueiro foi plantado na Cidade do Samba, em área reservada pela Liesa para a Mocidade. Além disso, a Embrapa doou 500 mudas de cajueiros anões, também chamadas clones, para compor o carro alegórico que destaca a tecnologia de produção do caju. Cada clone demora cerca de 30 anos para se desenvolver completamente, mas garante características de produção uniformes e avançadas.

Após o desfile, as mudas foram doadas à comunidade, como parte de uma ação social promovida pela escola, reforçando não apenas a celebração cultural do caju, mas também a valorização do meio ambiente e da sustentabilidade. A presença dos clones na avenida representa não apenas uma homenagem à tradição, mas também um olhar para o futuro da cajucultura brasileira.

A Mocidade Independente de Padre Miguel demonstra, mais uma vez, sua capacidade de unir arte, cultura e tecnologia, levando para o maior espetáculo da terra uma mensagem de inovação e orgulho nacional através da riqueza da nossa biodiversidade. O caju, símbolo de brasilidade, ganha destaque no carnaval carioca, mostrando que, quando ciência e tradição se encontram, o espetáculo é garantido.

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Uma das alegorias que esteve na avenida no desfile da Mancha Verde — Foto: Divulgação

Enquanto isso, a Mancha Verde, que ficou em 5º Lugar no Carnaval de São Paulo, também traz para o Sambódromo uma temática agrícola. Com o enredo “Do nosso solo para o mundo: o campo que preserva, o campo que produz, o campo que alimenta”, a escola paulistana homenageia a agricultura familiar, destacando a importância do pequeno agricultor e promovendo a conscientização sobre práticas sustentáveis. O desfile da Mancha Verde também destaca a necessidade de se valorizar a produção agrícola sem desperdícios e com respeito ao meio ambiente, promovendo a esperança em um futuro ais sustentável e próspero para todos.

Fonte: Forbes Brasil e Globo Rural

Por Agência Agrovenki

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