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Mix para açúcar no centro-sul será recorde em 24/25, queda no fim de maio foi pontual, diz JOB

21 de junho de 2024

O índice médio do açúcar previsto para a temporada supera uma máxima histórica registrada há mais de dez anos, na temporada 2012/13, quando ficou em 49,52%
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Mix para açúcar no centro-sul será recorde em 2425, queda no fim de maio foi pontual, diz JOB

O total de cana processada do centro-sul do Brasil destinada para a produção de açúcar deverá atingir o patamar recorde de 50,8% na temporada 2024/25, e um ligeiro recuo anual neste indicador visto na segunda quinzena de maio se trata de algo pontual, avaliou nesta terça-feira a JOB Economia e Planejamento.

O índice médio previsto para a temporada supera uma máxima histórica registrada há mais de dez anos, na temporada 2012/13, quando ficou em 49,52%, segundo dados da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica) citados pelo sócio-diretor da JOB, Julio Maria Borges.

A estimativa para 2024/25, divulgada antes apenas aos clientes da consultoria, também supera os 48,87% da temporada anterior.

“Com relação ao mix da produção açúcar-etanol, estamos admitindo um forte mix açucareiro, dando continuidade ao que vem acontecendo desde 2020. O melhor preço do açúcar em relação ao etanol explica esta preferência açucareira”, disse Borges.

Com isso, a expectativa é de que a produção de açúcar na principal região produtora do Brasil caia menos do que a moagem de cana, impactada por um clima mais seco.

A JOB estima a moagem de cana do centro-sul em 604,5 milhões de toneladas, recuo de 7,6% na comparação com a máxima histórica da temporada passada, quando o clima foi praticamente perfeito.

Já a produção de açúcar do centro-sul foi estimada em 41,3 milhões de toneladas, baixa de 2,7% na comparação com 2023/24, quando a região também teve uma máxima histórica.

Segundo Borges, a redução da produção de açúcar do país estará concentrada no centro-sul, já que o Nordeste deverá ampliar a moagem de cana e elevar a fabricação do adoçante para 3,7 milhões de toneladas.

Essa oferta e a demanda externa pelo produto do Brasil, maior produtor e exportador global, permitirão exportações do país de 34,1 milhões de toneladas de açúcar, redução anual de 3,7%, também concentrada no centro-sul, com queda da ordem de 1,4 milhão de toneladas nos embarques.

Com relação ao “mix” açucareiro, que registrou leve queda na segunda quinzena de maio para 48,28%, ante 48,65% registrados no mesmo período do ano passado, o sócio-diretor da JOB avalia que foi algo pontual, em meio a chuvas que atingiram algumas áreas do centro-sul.

“A chuva, com a redução do ATR (Açúcar Total Recuperável) da cana, prejudica mais a produção de açúcar que a de etanol. Isto explica um desempenho melhor do etanol do que o do açúcar“, disse Borges, ao comentar a queda de 7,7% na produção do adoçante na segunda parte de maio.ETANOL

Com menos cana a ser moída no centro-sul e um “mix” mais açucareiro, a produção de etanol de cana prevista para a safra 2024/25 na região é menor em 10%, para 24,59 bilhões de litros.

No caso do etanol de milho, a JOB prevê um crescimento de cerca de 20%, para 7,5 bilhões de litros, já que o setor está em expansão.

A produção prevista de etanol de cana e milho na região centro-sul é estimada em 32,1 bilhões de litros, ante 33,6 bilhões no ano passado.

“O etanol terá uma oferta mais restrita, o que pode refletir em preços médios superiores. É claro que depende dos preços do petróleo no mercado internacional e da política de preços da Petrobras”, completou o sócio-diretor da JOB.

A exportação de etanol do centro-sul é prevista em 2,8 bilhões de litros, ante 2,75 bilhões na temporada passada, enquanto o mercado interno deve absorver 27,12 bilhões de litros, versus 26,58 bilhões no ciclo passado.

Por Forbes

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